Layout do blog

Arquitetura SASE: o poder da nuvem

Joanna Magalhães
7 de outubro de 2021

Na atualidade, podemos notar o crescimento da necessidade da digitalização de função e armazenamento de dados, além da adoção do trabalho remoto. Nesse cenário, as empresas passaram a enfrentar um novo desafio: equilibrar conectividade eficiente com segurança robusta. É aqui que a arquitetura SASE entra em cena, unificando redes e segurança em uma única solução integrada. 


Muito comentada por especialistas, o SASE representa uma evolução do formato em que acessamos e em como protegemos os dados corporativos. Com a adoção dessa abordagem, organizações conseguem simplificar suas infraestruturas, reduzir custos e aumentar a eficiência, enquanto oferecem uma experiência de acesso mais segura para colaboradores, independentemente de onde estejam. 


No artigo dessa semana, iremos explorar os fundamentos do SASE, como ele funciona e as vantagens estratégicas que a adoção dessa arquitetura trás para a segurança dos dados das empresas. 

Entenda o conceito SASE

Já faz um tempo que ouvimos falar da Arquitetura SASE dentro do mundo da segurança da informação, sendo a nova revolução na ciência de dados, mas o que é isso? 


Basicamente, SASE, ou Secure Acess Service Edge, é uma abordagem que baseada na nuvem foca na integração entre recursos de rede e segurança, em uma única solução integrada que protege dados, usuários e aplicativos de maneira eficaz. 

A idealização da arquitetura SASE foi feita a partir das necessidades que as empresas tinham em 2019, levando em consideração que os dados corporativos não ficavam mais presos dentro do data center ou do perímetro de dados do escritório. Dito isso, essa arquitetura leva em conta as necessidades da proteção da nuvem e de medidas segurança para acessos remotos. 


Sendo assim, o SASE leva em conta que a segurança não é mais implementada somente dentro do perímetro físico da empresa e leva em consideração a mobilidade dos dispositivos e a migração para a nuvem. Essa abordagem se baseia principalmente na segurança da nuvem, permitindo que dados e aplicações sejam acessados de forma segura independente do lugar que ele esteja. 

Princípios do SASE


Possuindo em mente o foco da Arquitetura SASE em nuvem e acesso remoto, esse conceito se baseia nos seguintes princípios: 


  • Acesso universal e seguro:  

SASE cria um sistema que conecta usuários de qualquer lugar com segurança, independentemente do dispositivo ou da localização. A ideia é que, onde quer que o usuário vá, a segurança acompanhe, garantindo o acesso protegido aos recursos da empresa. 


  • Modelo “Edge” (Borda):  

A palavra "Edge" (ou borda) no nome se refere ao conceito de mover serviços de rede e segurança mais próximos do usuário e do dispositivo, independentemente de onde estejam. Isso significa reduzir a latência (demora na comunicação) e garantir que os controles de segurança estejam sempre ativos e próximos do ponto de acesso. 


SASE incorpora o conceito de Confiança Zero, em que nenhum usuário ou dispositivo é automaticamente confiável, independentemente de sua localização. Cada acesso é verificado e autenticado com base em identidades e contexto (como localização, dispositivo, e comportamento), limitando ao mínimo necessário o acesso a dados e aplicativos. 


  • Serviços de rede e segurança integrados:  

SASE une serviços que antes eram separados em um só pacote na nuvem. Esses serviços incluem SD-WAN (para conectar usuários de várias localizações), firewalls, proteção contra malware, prevenção de intrusões, controle de acesso seguro e até mesmo DLP (Prevenção contra Vazamento de Dados). A ideia é simplificar e centralizar o gerenciamento, enquanto permite flexibilidade e escalabilidade. 


  • Escalabilidade e flexibilidade na nuvem: 

SASE é entregue na nuvem, o que permite escalar de maneira dinâmica conforme as necessidades de uma organização crescem. Ele adapta a infraestrutura e a segurança ao aumento de usuários e dados, o que é mais eficiente do que os modelos tradicionais de segurança baseados em data centers físicos. 

Como a arquitetura SASE funciona?

Para o SASE funcionar, ele envolve a integração de vários serviços à componentes de rede, sendo assim, essa arquitetura usa soluções de segurança para proteger e gerenciar o acesso a partir da rede, onde os usuários realmente se conectam, permitindo a conexão remota. Em especial, podemos destacar, as seguintes soluções: 


1. Implementação de conectividade SD-WAN 

O primeiro passo no funcionamento do SASE é a implementação de uma rede SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network). O SD-WAN conecta locais e dispositivos remotamente, direcionando o tráfego de forma inteligente através da internet, evitando rotas congestionadas e priorizando aplicativos críticos para otimizar o desempenho. Assim, o SASE utiliza o SD-WAN para conectar os usuários a redes e aplicativos, criando uma camada de transporte otimizada. 


2. Aplicação de segurança na nuvem 

Uma vez que o tráfego é roteado, entra em ação a segurança baseada na nuvem do SASE, composta por várias camadas, utilizando tecnologias como: ZTNA, Firewall, CASB e NGSWG. 



Com essas soluções, se cria uma infraestrutura de segurança de dados focado em proteger o trafego de dados entre a rede e os servidores de nuvem, onde esses dados são guardados e disponibilizados entre os colaboradores. 


3. Aplicação e monitoramento de políticas centralizadas 

O SASE permite que as políticas de segurança e de rede sejam definidas e gerenciadas de forma centralizada. Isso inclui regras de controle de acesso, priorização de aplicativos e prevenção de perda de dados. Uma vez configuradas, as políticas são aplicadas em toda a rede de maneira consistente, independentemente de onde o usuário esteja se conectando, o que facilita o gerenciamento e aumenta a segurança. 


4. Visibilidade e análise contínua 

O SASE fornece visibilidade e análise contínuas do tráfego e do comportamento dos usuários, identificando atividades suspeitas e possibilitando uma resposta rápida a incidentes de segurança. Isso inclui relatórios em tempo real sobre acessos, tentativas de violação e outras anomalias, garantindo que a equipe de TI tenha insights sobre o estado de segurança da rede. 

Componentes do SASE

Como falado anteriormente nesse capítulo, o SASE utiliza uma seleção de soluções como recursos principais de sua arquitetura: 


  • ZTNA (Zero Trust Network Access): Cada acesso é verificado individualmente, com base no conceito de Zero Trust, em que ninguém é confiável por padrão. O ZTNA autêntica o usuário e seu dispositivo, avalia a localização, o comportamento e outros contextos antes de permitir o acesso. 
  • Firewall como Serviço (FWaaS): Um firewall de próxima geração (NGFW) baseado na nuvem examina o tráfego em busca de ameaças e bloqueia ataques, malware, e conexões não autorizadas. Isso protege os dados e serviços acessados pelos usuários. 
  • CASB (Cloud Access Security Broker): Controla e monitora o uso de aplicativos SaaS e outras soluções em nuvem. O CASB aplica políticas de segurança como detecção de comportamento suspeito, controle de acesso e prevenção de perda de dados (DLP). 
  • SWG (Secure Web Gateway): Bloqueia conteúdo malicioso e impede o acesso a sites ou conteúdo não seguro. Ele examina o tráfego da web para identificar ameaças e garantir uma navegação segura. 

Vantagens da arquitetura SASE

Combinando flexibilidade, segurança e simplicidade, ideal para empresas com equipes distribuídas e dados na nuvem, SASE se destacou como uma arquitetura de segurança inovadora. Entre seus benefícios, podemos destacar: 


  1. Segurança em qualquer lugar: Protege o acesso em qualquer dispositivo e localização com uma abordagem de Zero Trust. 
  2. Baixa latência e alto desempenho: Usa Pontos de Presença (PoPs) e SD-WAN para otimizar o tráfego, melhorando a velocidade e o tempo de resposta. 
  3. Gerenciamento simplificado: Consolida segurança e rede em um só lugar, permitindo políticas centralizadas e fácil gerenciamento. 
  4. Escalabilidade na nuvem: Aumenta a capacidade rapidamente e se adapta ao trabalho remoto sem necessidade de hardware físico. 
  5. Redução de custos: Diminui os custos com infraestrutura e manutenção ao eliminar a necessidade de equipamentos locais. 
  6. Visibilidade e monitoramento: Oferece insights em tempo real para detectar ameaças rapidamente e manter a conformidade regulatória. 


Conclusão


A arquitetura SASE oferece inúmeras vantagens para as empresas modernas, capacitando-as na jornada de transformação digital. Ao adotar essa abordagem, as organizações podem otimizar o trabalho de TI, melhorar a experiência do usuário e garantir a segurança necessária para acompanhar os avanços digitais. A arquitetura SASE é essencial para aprimorar a conectividade, reduzir custos e fortalecer a infraestrutura de segurança, tornando-se uma estratégica chave para empresas que buscam inovação e eficiência em seus processos.


Por Helena Motta 10 de setembro de 2025
O Ransomware é uma ameaça cibernética amplamente difundida e conhecida, mas nos últimos anos ele passou por uma espécie de industrialização com objetivo de potencializar os ganhos financeiros tanto de quem os cria quanto dos que o aplicam. Esse movimento causou um crescimento espantoso dessa ameaça, chegando ao ponto de ser declarada como uma ameaça à segurança nacional nos Estados Unidos. A escalada dos ataques tem afetado setores inteiros, com potencial de interromper serviços essenciais como hospitais, supermercados, sistemas de transporte e até fornecimento de energia. O impacto vai além do ambiente digital, podendo comprometer a operação e a reputação de uma organização por completo. Neste artigo, vamos mergulhar nesse assunto para compreender como o Ransonware as a Service (RaaS) funciona, assim como formas de evitar e minimizar sua ameaça.
Por Helena Motta 26 de agosto de 2025
Pequenas e médias empresas (PMEs) tornaram-se um dos alvos favoritos de cibercriminosos. A percepção de que essas organizações têm defesas limitadas, cultura de segurança pouco madura e operações com terceirizações vulneráveis contribui para isso. Segundo o Mapa da Fraude 2025, da ClearSale, três em cada quatro vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são pequenas ou médias empresas. E mais de 40% dos ataques globais registrados em 2024 miraram esse segmento. Este artigo apresenta os principais golpes digitais que atingem PMEs e oferece medidas acessíveis e eficazes para identificá-los e se proteger.
Por André Pino 12 de agosto de 2025
A governança de dados é, hoje, uma das principais prioridades para empresas que desejam se manter competitivas em um mundo cada vez mais orientado por informações. Cerca de 70% das corporações mais valiosas do planeta já são data-driven, o que reforça a importância de saber gerenciar, proteger e governar dados sensíveis de forma eficaz. No entanto, apesar dos investimentos, muitas organizações ainda enfrentam um cenário frustrante: a promessa da governança de dados não está sendo cumprida. Isso acontece porque os modelos tradicionais se baseiam em processos manuais, auditorias periódicas e equipes desconectadas. O resultado? Um sistema engessado, reativo e com políticas que raramente saem do papel. A governança de dados moderna, por outro lado, exige automação, visibilidade contínua e integração com ferramentas de segurança como DSPM (Data Security Posture Management) e DLP (Data Loss Prevention). Neste artigo, vamos explorar porque a governança de dados falha em muitas empresas e como soluções como o DSPM têm transformado essa realidade, tornando a governança mais eficiente, proativa e alinhada aos desafios atuais da segurança da informação.
Por André Pino 30 de julho de 2025
A ascensão da inteligência artificial (IA) transformou profundamente a forma como empresas operam, inovam e se comunicam. Porém, à medida que ferramentas baseadas em IA se popularizam, de assistentes de escrita a plataformas de geração de conteúdo, uma ameaça silenciosa cresce dentro das organizações: o Shadow AI. Trata-se do uso não autorizado ou não monitorado de aplicações de IA por colaboradores, sem o conhecimento da equipe de TI ou segurança da informação. Segundo o relatório The State of AI Cyber Security (2025), produzido pela Check Point Research, mais da metade das redes corporativas (51%) já utilizam serviços de GenAI regularmente. Frequentemente sem políticas de governança bem definidas ou qualquer tipo de controle formal. Neste artigo, você entenderá o que é Shadow AI, os riscos de segurança e conformidade que ele representa e por que a governança de IA deve ser uma prioridade para empresas de todos os portes.
Por Bruna Gomes 15 de julho de 2025
O código aberto está em toda parte. De sistemas operacionais a bibliotecas de desenvolvimento, passando por bancos de dados, ferramentas de automação e até soluções de segurança, o software open source faz parte da base tecnológica de milhares de empresas. Sua adoção cresceu com a busca por mais agilidade, menor custo e liberdade técnica e, por isso, se tornou uma escolha estratégica em muitos projetos. Mas junto com os benefícios, surgem também responsabilidades. Diferente de soluções proprietárias, o código aberto não vem com garantias formais de suporte ou atualização. Cabe à própria empresa decidir como usar, validar, manter e proteger o que adota. E é nesse ponto que surgem riscos muitas vezes invisíveis: vulnerabilidades não corrigidas, falhas herdadas de bibliotecas externas, ou até problemas legais por uso indevido de licenças. Neste artigo, você vai entender o que são softwares de código aberto, por que tantas empresas apostam neles, quais são os riscos mais comuns e, principalmente, como mitigar esses riscos. Vamos nessa? 
Por Helena Motta 1 de julho de 2025
O avanço acelerado das ameaças digitais nos últimos anos tem levado empresas de todos os portes a reforçarem suas estratégias de segurança. Soluções como SIEMs, EDRs, IDS/IPS, firewalls, CASBs e XDRs tornaram-se comuns nas infraestruturas corporativas. Essas ferramentas prometem visibilidade e controle sobre ambientes cada vez mais complexos e distribuídos. No entanto, essa abundância tecnológica tem gerado um efeito colateral preocupante: o excesso de alertas. O fenômeno c onhecido como alert fatigue, ou excesso de alertas, afeta diretamente a eficiência dos times de segurança. As equipes se veem sobrecarregados por um volume massivo de notificações diárias que muitas vezes são irrelevantes ou redundantes. Em vez de fortalecer a resposta a incidentes, o ruído gerado pelas ferramentas de defesa acaba prejudicando a capacidade de detectar, priorizar e agir diante de ameaças reais. Neste artigo, exploramos como o excesso de alertas compromete a segurança cibernética nas organizações, analisamos suas causas e consequências e apresentamos estratégias eficazes para mitigar esse problema e melhorar a resposta a incidentes.
Por Bruna Gomes 17 de junho de 2025
O cenário da segurança cibernética está cada vez mais desafiador. A cada dia surgem novas ameaças, mais sofisticadas e difíceis de detectar, exigindo atenção constante e respostas rápidas. Com isso, os líderes técnicos, especialmente os responsáveis diretos pela segurança da informação, estão sobrecarregados, estressados e, muitas vezes, trabalhando no limite. A verdade é que proteger uma organização não pode ser tarefa de uma única área. A responsabilidade pela segurança digital precisa ser compartilhada por toda a liderança. Em um ambiente cada vez mais conectado, qualquer decisão estratégica (de negócios, operações, tecnologia ou pessoas) pode impactar diretamente a integridade dos dados e a continuidade do negócio. Neste artigo, você vai entender por que a cibersegurança deve estar na agenda dos líderes, quais são os riscos da ausência de envolvimento e como decisões do dia a dia influenciam o nível de proteção da empresa. Continue a leitura!
Por Helena Motta 3 de junho de 2025
Nos últimos anos, o crescimento acelerado das ameaças digitais intensificou a necessidade de proteger os dados e sistemas da sua empresa como uma prioridade estratégica. Ataques como ransomware , phishing e malwares sofisticados estão cada vez mais frequentes e podem causar prejuízos financeiros, jurídicos e de reputação gravíssimos. Por isso, entender quais soluções de segurança são mais eficazes é essencial para tomar decisões informadas e garantir a continuidade do negócio. Mas afinal, quando falamos de Firewalls, Antivírus e EDR (Endpoint Detection and Response), qual dessas ferramentas oferece a melhor proteção para sua empresa? Ao longo do artigo vamos detalhar a aplicabilidade de cada uma delas, mas o que é necessário ter em mente desde o início é que cada uma atua em uma camada diferente da segurança cibernética e possui características específicas. Hoje, vamos explicar o que faz cada uma dessas soluções, comparar seus pontos fortes e fracos, e ajudar você a identificar qual combinação é mais adequada para a realidade do seu ambiente corporativo. Continue a leitura!
Por Helena Motta 20 de maio de 2025
Nos últimos anos, o crescimento do uso e da aplicabilidade de Inteligências Artificiais no mundo corporativo deu um grande salto. Longe do que o senso comum supõe, essa não é uma realidade somente na área de tecnologia, já que essas ferramentas têm encontrado cada vez mais espaço em setores como o da educação e saúde ou até mesmo de indústria e comércio. Como reflexo desse avanço acelerado, o Brasil é hoje um dos países mais vulneráveis do mundo quanto o assunto é o uso de IAs no ambiente empresarial, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology) dos Estados Unidos, 54% dos líderes de Segurança entrevistados no Brasil durante o Global Cybersecurity Leadership Insights em2024 veem no aumento de superfícies de ataques um grande risco do uso de ferramentas de inteligência artificial. Diante desse cenário, é essencial que as empresas elaborem um programa de governança de IA para evitar incidentes que podem ser devastadores para a imagem e para a saúde financeira da instituição. No artigo de hoje, destrincharemos esse tema abordando principalmente os seguintes tópicos: O que é Governança de IA? Por que investir em Governança de IA é essencial atualmente? Como essa estratégia pode fortalecer a segurança das empresas? Boas práticas na implementação destas políticas
Por Bruna Gomes 6 de maio de 2025
Quando o assunto é golpe digital, a maioria das pessoas já ouviu falar de phishing, vírus e ataques a senhas. Mas existe um tipo de ameaça mais silenciosa e menos conhecida que pode colocar em risco dados pessoais e informações importantes da sua empresa, mesmo quando tudo parece normal: o pharming. Esse tipo de ataque é sorrateiro. Ele não depende de um clique errado ou de um e-mail suspeito. Na verdade, ele pode acontecer mesmo quando você digita o endereço certo de um site confiável. E justamente por isso ele é tão perigoso.  Neste artigo, você vai entender o que é o pharming, como ele funciona, quais riscos ele representa para usuários e empresas, e, o mais importante, o que fazer para se proteger. Continue a leitura!
Share by: