Tendências de cibersegurança para 2025

Joanna Magalhães
18 de dezembro de 2024

2024 foi um ano onde o cenário digital apresentou constante evolução, mostrando desafios complexos e oportunidades transformadoras. Com isso em mente, o final do ano é um momento em que compreender as tendências cibernéticas é importante para entender quais estratégias adotar para combater as ameaças digitais no próximo ano.



Assim como seu antecessor, 2025 deve apresentar avanços e desafios significativos na área de cibersegurança que estão por vir, seguindo uma curva de rápida evolução tecnológica e o aumento das ameaças cibernéticas pressionaram organizações a reforçarem suas estratégias de proteção.


No artigo de hoje, vamos entender quais serão as tendências da cibersegurança você deve ficar atento em 2025 e como preparar sua infraestrutura de segurança para os desafios do próximo ano.

Principais tendencias de cibersegurança para 2025

1. Investimento em segurança de Zero-Trust


Criado em 2010, Zero Trust Network Acess, ou ZTNA, é um modelo de segurança que se popularizou com o princípio de "nunca confiar, sempre verificar". Com isso, esse modelo exige autenticação rigorosa, verificação contínua e a aplicação de políticas de acesso granular para proteger dados e recursos críticos, minimizando o impacto de ameaças internas e externas.


Sendo assim, segundo um artigo da Forbes, a implementação dos princípios que formam Zero Trust dentro da infraestrutura de segurança das empresas vai estar mais forte em 2025. Durante o próximo ano, mais empresas irão implementar de forma granular esses princípios, com o objetivo de buscar mais insights das atividades na rede da empresa e do uso do consumidor.


Com isso, os especialistas acreditam que essa abordagem se tornara a base da segurança de dados, enquanto as medidas de segurança medidas focadas em perímetro ficaram obsoletas, dado a importância do ZTNA para a garantia da segurança de dados remotos.


2. Inteligência Artificial e Machine Learning


Outro destaque na cibersegurança para o próximo ano, é integração de Inteligência Artificial e Machine Learning às soluções de segurança.


No momento mesmo nível que devemos ver cada vez mais ataques que utilizam AI, os especialistas acreditam que em 2025 iremos ver cada vez mais soluções aplicando AI dentro de seu processo de segurança. Isso deve acontecer a partir da implementação dessas ferramentas em soluções de segurança, evoluindo os processos de análise de dados e resposta rápida a incidentes.


Além disso, a AI poderá começar a ser usada como uma fonte de conhecimento dentro do ambiente de trabalho, sendo uma aplicação que será usada como ferramenta de aprendizado e para a agilizar processos automáticos do dia a dia do escritório.


3. Diversificação do portfolio de segurança


Historicamente, empresas costumam focar sua infraestrutura de segurança em uma única marca, tentando usar soluções de um mesmo lugar. Porém, em 2025 isso vai mudar.


Segundo especialistas, com o objetivo de aumentar o alcance que a infraestrutura alcança, as empresas devem começar a considerar e adquirir soluções de diferentes fornecedores. Por exemplo: o firewall utilizado na empresa seria da Fortinet e o NG-SWG seria da CheckPoint, duas tecnologias focadas na proteção de rede, mas de marcas diferentes.


Esse comportamento seria uma resposta as inovações das tecnologias utilizadas por cibercriminosos, que leve aos times de segurança da informação a buscarem uma estratégia heterogênea e evitar falhas.


4. Maior foco em Cloud Security


A pandemia mudou em diversas formas como lidamos com tecnologia e dados no ambiente de trabalho. Em especial, o trabalho remoto forçou muitas empresas a digitalizarem seus processos e começarem a utilizar a nuvem como meio de tranferir arquivos e colaborar. Isso criou desafios que fizeram os olhares dos analistas de TI se voltarem para a Cloud Security.


Com o passar dos anos, o aumento do uso da nuvem por empresas aumento cresceu exponencialmente, assim houve o aumento dos ataques a nuvem, levando ao aumento da importância do investimento em estratégia de segurança, em especial na Região de EMEA (Europa, Oriente Médio e África). Essa região observou um aumento significativo a ataques a nuvem, decorrente de configurações incorretas, monitoramento inadequado, reutilização de credenciais e práticas de segurança fracas em ambientes de nuvem não gerenciados.


Segundo o relatório do feito pelo Google, no próximo ano essa importância deve ser ainda maior. Em 2025, devemos notar um investimento robusto em segurança na nuvem, implementar controles de acesso mais rigorosos e aprimorar as capacidades de monitoramento, focando na proteção de dados sensíveis e nas práticas de DevSecOps.


5. Adoção da criptografia Pós-Quântica


Criptografia a dados não é uma tecnologia nova, estando presente em diversas soluções de segurança como um meio de proteger dados ao tornar a leitura deles.


Segundo o relatório do Google, vamos observar uma evolução dessa tecnologia em 2025 e devemos ver o começa da adoção de padrões de Criptografia Pós-Quântica em diversas soluções.


Esses novos padrões de criptografia tiveram seu desenvolvimento finalizado pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) agora em 2024. Segundo o instituto, a Criptografia Pós-Quântica garante a segurança contra ameaças de forma mais eficazes, transporte de chaves e assinaturas criptográficas que foram desenvolvidos para ajudar a mitigar ataques por adversários com computadores quânticos em grande escala.


Além disso, esses padrões são capazes de proteger contra ataques realizados por computadores quânticos, um tipo específico de computadores que é avançado o suficiente para resolver problemas matemáticos extremamente complexos de forma muito rápida, superando os computadores tradicionais.

Vale ressaltar que as ameaças quânticas não devem possuir um impacto generalizado em 2025, mas começarem a ver as organizações começando a se preparar para enfrentar elas.


6. Automação na cibersegurança


No próximo ano, mais soluções iram passar a adotar mecanismos de automações para realizar e consolidar práticas essenciais do dia a dia das operações de segurança. Essa adoção em larga escala permitirá que a respostas a incidente ocorra de forma mais rápida e eficiente.


Esse aumento de soluções com mecanismos de automações é uma resposta direta ao crescimento das infraestruturas de TI, que se tornaram mais complexas graças ao aumento do volume de ataques que ocorreu nos últimos anos.


As automatizações ganham as funções repetitivas do dia a dia, como monitoramento, identificação de anomalias e resposta inicial a incidentes. Com isso, esses mecanismos facilitam o trabalho da equipe de segurança, que passas ganhar tempo para dar atenção a projetos estratégicos. 

Como preparar a infraestrutura de segurança para 2025

Com todos os muitos avanços e desafios que são esperados em 2025, é crucial priorizar investimentos em estratégias de segurança digital que fortaleçam as bases da infraestrutura de segurança para se adequarem às tendências emergentes atualmente observadas. Abordar essas questões desde já é fundamental para garantir um ambiente seguro online no futuro próximo.


Aqui estão algumas soluções que são fundamentais para garantir a segurança digital e preparar a sua infraestrutura de segurança para 2025:


Através preparação e antecipação de ataques, um plano de resposta a incidentes consegue diminuir os dados causados por eventuais tentativas de ataques cibernéticos.

Isso é feito a partir de simulações avançadas e testes de penetrações contínuos, que utilizam técnicas de IA que simulam ataques e analisam a resiliência da infraestrutura. Com isso, é possível identificar pontos fracos e melhorar as medidas de segurança de forma proativa.


  • Invista em segurança de identidade e acesso:

Soluções como IAM, PAM e autentificação multifator avançada garantem que somente o usuário correto tenha acesso aos recursos e dados sensíveis, minimizando riscos de comprometimento de contas e limitam os dados em que o atacante teria acesso.


Além disso, essas soluções ajudam a garantir conformidade com regulamentações de segurança de dados, como a LGPD, fornecendo registros e auditorias detalhadas de todas as ações executadas.


  • Proteja ambientes de trabalho distribuídos e aplicações na nuvem com SASE

A metodologia SASE se utiliza de soluções como SD-WAN, CASB e ZTNA para fornecer uma maneira coesa e eficiente para proteger ambientes modernos, onde os dados e os usuários estão cada vez mais dispersos. Essas soluções trabalham juntas para proteger o tráfego, fornecer visibilidade e controle contínuos, promovendo uma segurança sólida e de acessível para as empresas que possuem muitos usuários remotos e aplicações em nuvem.

Conclusão

Em síntese, 2025 vai reforçar a cibersegurança como um pilar essencial para a transformação digital e um aliado para o crescimento de econômico. Apesar das ameaças crescentes, avanços como o uso de IA defensiva, maior colaboração internacional e o amadurecimento de frameworks como Zero Trust indicaram que as organizações estão se preparando para enfrentar os desafios futuros. Para garantir uma jornada online segura, fale com um de nossos.


Por Bruna Gomes 15 de julho de 2025
O código aberto está em toda parte. De sistemas operacionais a bibliotecas de desenvolvimento, passando por bancos de dados, ferramentas de automação e até soluções de segurança, o software open source faz parte da base tecnológica de milhares de empresas. Sua adoção cresceu com a busca por mais agilidade, menor custo e liberdade técnica e, por isso, se tornou uma escolha estratégica em muitos projetos. Mas junto com os benefícios, surgem também responsabilidades. Diferente de soluções proprietárias, o código aberto não vem com garantias formais de suporte ou atualização. Cabe à própria empresa decidir como usar, validar, manter e proteger o que adota. E é nesse ponto que surgem riscos muitas vezes invisíveis: vulnerabilidades não corrigidas, falhas herdadas de bibliotecas externas, ou até problemas legais por uso indevido de licenças. Neste artigo, você vai entender o que são softwares de código aberto, por que tantas empresas apostam neles, quais são os riscos mais comuns e, principalmente, como mitigar esses riscos. Vamos nessa? 
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O avanço acelerado das ameaças digitais nos últimos anos tem levado empresas de todos os portes a reforçarem suas estratégias de segurança. Soluções como SIEMs, EDRs, IDS/IPS, firewalls, CASBs e XDRs tornaram-se comuns nas infraestruturas corporativas. Essas ferramentas prometem visibilidade e controle sobre ambientes cada vez mais complexos e distribuídos. No entanto, essa abundância tecnológica tem gerado um efeito colateral preocupante: o excesso de alertas. O fenômeno c onhecido como alert fatigue, ou excesso de alertas, afeta diretamente a eficiência dos times de segurança. As equipes se veem sobrecarregados por um volume massivo de notificações diárias que muitas vezes são irrelevantes ou redundantes. Em vez de fortalecer a resposta a incidentes, o ruído gerado pelas ferramentas de defesa acaba prejudicando a capacidade de detectar, priorizar e agir diante de ameaças reais. Neste artigo, exploramos como o excesso de alertas compromete a segurança cibernética nas organizações, analisamos suas causas e consequências e apresentamos estratégias eficazes para mitigar esse problema e melhorar a resposta a incidentes.
Por Bruna Gomes 17 de junho de 2025
O cenário da segurança cibernética está cada vez mais desafiador. A cada dia surgem novas ameaças, mais sofisticadas e difíceis de detectar, exigindo atenção constante e respostas rápidas. Com isso, os líderes técnicos, especialmente os responsáveis diretos pela segurança da informação, estão sobrecarregados, estressados e, muitas vezes, trabalhando no limite. A verdade é que proteger uma organização não pode ser tarefa de uma única área. A responsabilidade pela segurança digital precisa ser compartilhada por toda a liderança. Em um ambiente cada vez mais conectado, qualquer decisão estratégica (de negócios, operações, tecnologia ou pessoas) pode impactar diretamente a integridade dos dados e a continuidade do negócio. Neste artigo, você vai entender por que a cibersegurança deve estar na agenda dos líderes, quais são os riscos da ausência de envolvimento e como decisões do dia a dia influenciam o nível de proteção da empresa. Continue a leitura!
Por Helena Motta 3 de junho de 2025
Nos últimos anos, o crescimento acelerado das ameaças digitais intensificou a necessidade de proteger os dados e sistemas da sua empresa como uma prioridade estratégica. Ataques como ransomware , phishing e malwares sofisticados estão cada vez mais frequentes e podem causar prejuízos financeiros, jurídicos e de reputação gravíssimos. Por isso, entender quais soluções de segurança são mais eficazes é essencial para tomar decisões informadas e garantir a continuidade do negócio. Mas afinal, quando falamos de Firewalls, Antivírus e EDR (Endpoint Detection and Response), qual dessas ferramentas oferece a melhor proteção para sua empresa? Ao longo do artigo vamos detalhar a aplicabilidade de cada uma delas, mas o que é necessário ter em mente desde o início é que cada uma atua em uma camada diferente da segurança cibernética e possui características específicas. Hoje, vamos explicar o que faz cada uma dessas soluções, comparar seus pontos fortes e fracos, e ajudar você a identificar qual combinação é mais adequada para a realidade do seu ambiente corporativo. Continue a leitura!
Por Helena Motta 20 de maio de 2025
Nos últimos anos, o crescimento do uso e da aplicabilidade de Inteligências Artificiais no mundo corporativo deu um grande salto. Longe do que o senso comum supõe, essa não é uma realidade somente na área de tecnologia, já que essas ferramentas têm encontrado cada vez mais espaço em setores como o da educação e saúde ou até mesmo de indústria e comércio. Como reflexo desse avanço acelerado, o Brasil é hoje um dos países mais vulneráveis do mundo quanto o assunto é o uso de IAs no ambiente empresarial, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology) dos Estados Unidos, 54% dos líderes de Segurança entrevistados no Brasil durante o Global Cybersecurity Leadership Insights em2024 veem no aumento de superfícies de ataques um grande risco do uso de ferramentas de inteligência artificial. Diante desse cenário, é essencial que as empresas elaborem um programa de governança de IA para evitar incidentes que podem ser devastadores para a imagem e para a saúde financeira da instituição. No artigo de hoje, destrincharemos esse tema abordando principalmente os seguintes tópicos: O que é Governança de IA? Por que investir em Governança de IA é essencial atualmente? Como essa estratégia pode fortalecer a segurança das empresas? Boas práticas na implementação destas políticas
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Quando o assunto é golpe digital, a maioria das pessoas já ouviu falar de phishing, vírus e ataques a senhas. Mas existe um tipo de ameaça mais silenciosa e menos conhecida que pode colocar em risco dados pessoais e informações importantes da sua empresa, mesmo quando tudo parece normal: o pharming. Esse tipo de ataque é sorrateiro. Ele não depende de um clique errado ou de um e-mail suspeito. Na verdade, ele pode acontecer mesmo quando você digita o endereço certo de um site confiável. E justamente por isso ele é tão perigoso.  Neste artigo, você vai entender o que é o pharming, como ele funciona, quais riscos ele representa para usuários e empresas, e, o mais importante, o que fazer para se proteger. Continue a leitura!
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A Consolidação da Cibersegurança é uma resposta às necessidades de estruturação e modernização dos ambientes de segurança empresariais e que tem como objetivo reduzir o número de soluções e fornecedores contratados, ao mesmo tempo em que se garante a robustez da proteção. Através dessa abordagem, é possível eliminar brechas que surgem da sobreposição de ferramentas e integrar o ambiente de forma completa, garantindo assim maior eficiência e aproveitamento de recursos. No artigo de hoje vamos discutir como essa é uma tendência oportuna em um momento de evolução altamente acelerada dos ataques a empresas e com grande risco de perdas econômicas por paralização das atividades ou vazamento de dados. Veremos também os benefícios da adoção dessa estratégia e os pontos de atenção para implementá-la adequadamente, além de um guia para essa execução na sua empresa.
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Se a sua empresa já usa a nuvem ou está pensando em migrar, provavelmente já se deparou com dúvidas sobre como controlar os custos e manter tudo funcionando de forma eficiente. Nesse artigo vamos te explicar de forma simples e direta o que é FinOps e porque essa prática tem ganhado tanto espaço nas empresas que querem usar a nuvem de forma mais estratégica. Boa leitura!
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Nos últimos anos, a transformação digital acelerada e o crescimento dos ambientes híbridos trouxeram novas oportunidades, mas também novos riscos. As ameaças cibernéticas estão mais sofisticadas, persistentes e coordenadas, explorando vulnerabilidades em diversos pontos da infraestrutura corporativa ao mesmo tempo. Para os profissionais de TI e cibersegurança, isso significa lidar com uma superfície de ataque cada vez maior, além de um volume crescente de alertas, dados desconexos e pressões por respostas rápidas. Soluções tradicionais, como antivírus, firewalls e até mesmo ferramentas de EDR e SIEM, já não são suficientes para dar conta da complexidade atual. É nesse cenário que surge o XDR (Extended Detection and Response) uma abordagem moderna que integra, correlaciona e automatiza a detecção e resposta a ameaças de forma coordenada, em tempo real.  Neste artigo, vamos explorar como o XDR funciona, quais os seus principais benefícios e como ele pode ser o próximo passo estratégico para empresas que buscam proteção inteligente, integrada e eficaz. Continue a leitura!
Anatomia de um ataque
Por Bruna Gomes 11 de março de 2025
As ameaças cibernéticas são uma realidade constante, evoluindo em complexidade e sofisticação. Empresas de todos os portes são alvos potenciais, e um único ataque bem-sucedido pode comprometer dados sensíveis, interromper operações e gerar prejuízos irreparáveis.