Layout do blog

O uso de IA em golpes de Engenharia Social

Bruna Gomes
3 de setembro de 2024

À medida que navegamos pela era da transformação digital, a inteligência artificial (IA) surge como uma ferramenta capaz tanto de impulsionar inovações quanto de amplificar ameaças cibernéticas. Um dos campos onde a IA tem mostrado um impacto significativo é na engenharia social.



Dessa forma, os golpes de engenharia social ficam mais sofisticados e difíceis de detectar. Ou seja, eles estão explorando as vulnerabilidades humanas com uma precisão sem precedentes, criando armadilhas que são personalizadas, convincentes e incrivelmente eficazes.


Neste artigo, exploraremos como a inteligência artificial está revolucionando os golpes de engenharia social. Continue a leitura!

O que é engenharia social?


A engenharia social é uma técnica de manipulação psicológica usada para enganar usuários e obter informações confidenciais, acessos indevidos ou realizar ações específicas que beneficiem o atacante. Em vez de explorar vulnerabilidades técnicas, ela foca nas vulnerabilidades humanas, explorando principalmente o fator da confiança para enganar a vítima.


Essa prática pode assumir diversas formas, desde e-mails de phishing até interações mais diretas, como telefonemas ou mensagens via redes sociais. Os golpistas muitas vezes se apresentam como representantes de instituições legítimas, como bancos, empresas ou agências governamentais, para persuadir suas vítimas a fornecer dados sensíveis, como senhas, números de cartões de crédito ou informações pessoais.


O maior risco da engenharia social é essa capacidade de contornar as medidas de segurança tradicionais, ao visar diretamente o elo mais fraco da cadeia de segurança: o ser humano. Segundo o Data Breach Investigation Report da Verizon, 83% das brechas de segurança envolvem algum tipo de erro humano, mostrando a eficácia desta técnica em explorar falhas humanas para comprometer sistemas de segurança.


Este tipo de ataque é particularmente perigoso porque pode ser personalizado para atingir qualquer indivíduo e porque os ataques podem ser muito difíceis de detectar até que o dano já tenha sido feito. 


Inteligência Artificial na Engenharia Social


A introdução da inteligência artificial nos golpes de engenharia social representa uma mudança prática na capacidade dos cibercriminosos de manipular e explorar alvos humanos. Com a IA, os ataques de engenharia social não são apenas mais frequentes, mas também mais sofisticados e adaptáveis, elevando significativamente os desafios para a segurança cibernética.


Isso porque a IA potencializa a engenharia social ao permitir que os ataques sejam mais direcionados e mais convincentes. Com habilidades avançadas de análise e aprendizado, os sistemas baseados em IA podem identificar rapidamente as vulnerabilidades humanas e adaptar suas abordagens em tempo real.


Além disso, ao capitalizar sobre as complexidades das interações humanas e a vasta quantidade de dados disponíveis online, a IA permite que os golpistas criem cenários de engano altamente personalizados. Isso faz com que os golpes sejam mais difíceis de detectar, pois eles podem ser integrados nas práticas cotidianas e comunicações pessoais ou profissionais das vítimas.


Também vale ressaltar que a IA não apenas intensifica a manipulação em um nível individual, mas também permite que esses ataques sejam executados em uma escala muito maior do que antes. A capacidade de automatizar elementos de engenharia social com IA significa que os ataques podem ser simultaneamente disseminados para um vasto número de potenciais vítimas.


Então, nota-se que a integração da IA nos golpes de engenharia social marca um avanço preocupante na forma como as informações pessoais podem ser usadas contra indivíduos e organizações. À medida que a tecnologia continua a avançar, a linha entre as interações genuínas e as manipuladas torna-se cada vez mais turva, exigindo que as organizações tenham vigilância constante e uma boa estratégia de segurança.


Principais Técnicas de IA em Golpes de Engenharia Social


Como vimos, a inteligência artificial está revolucionando os métodos usados em golpes de engenharia social, tornando-os notavelmente mais eficazes e difíceis de identificar. Aqui estão algumas das técnicas utilizadas:



Principais técnicas de IA nos golpes de Engenharia Social



  • Geração de linguagem natural:

Ferramentas de IA, como os modelos avançados de processamento de linguagem natural, são capazes de criar textos que imitam a linguagem humana com precisão surpreendente. Esses modelos podem ser treinados para redigir e-mails de phishing que parecem legítimos e personalizados para cada vítima, aumentando consideravelmente as chances de enganar o usuário.


  • Análise comportamental:

 A IA pode analisar enormes volumes de dados de redes sociais e outros registros digitais para entender os padrões de comportamento e as preferências das vítimas. Com essas informações, os golpistas podem adaptar suas mensagens para convencer mais facilmente as suas vítimas, explorando emoções ou circunstâncias pessoais que tornam o indivíduo mais suscetível à manipulação.


  • Deepfakes:

A tecnologia de IA pode criar vídeos e clipes de áudio falsos, mas convincentemente realistas, conhecidos como deepfakes. Esses vídeos podem ser usados para imitar pessoas de confiança das vítimas, como líderes políticos, celebridades ou até mesmo membros da família, para persuadir ou coagir as vítimas a agirem de maneira prejudicial.


  • Automatização de ataques em massa:

Utilizando IA, é possível automatizar e escalar ataques de engenharia social. A IA pode gerenciar simultaneamente múltiplas campanhas de phishing, ajustando-se em tempo real para aumentar a eficácia, baseando-se nas interações das vítimas e nas taxas de sucesso dos ataques.


  • Machine Learning:

Algoritmos de aprendizado de máquina podem ser continuamente ajustados com base no feedback recebido de tentativas de golpes anteriores. Isso permite que os cibercriminosos refinem suas estratégias, tornando os ataques subsequentes ainda mais difíceis de detectar e resistir.


Estas técnicas de IA não apenas ampliam o escopo e a eficácia dos golpes de engenharia social, mas também representam desafios significativos para as defesas tradicionais de segurança cibernética. As organizações devem estar conscientes dessas ameaças e considerar o investimento em soluções de segurança avançadas que possam detectar e neutralizar táticas baseadas em IA.

Conclusão


À medida que a inteligência artificial continua a evoluir, também evoluem as técnicas utilizadas por cibercriminosos para enganar e manipular suas vítimas. Os golpes de engenharia social aprimorados pela IA representam uma das ameaças mais sofisticadas e no panorama da segurança cibernética atual. 


Sendo assim, as organizações devem priorizar a implementação de soluções de segurança avançadas, programas de treinamento frequentes e políticas rigorosas para mitigar os riscos associados a esses golpes. Além disso, a colaboração contínua entre especialistas em segurança cibernética e o desenvolvimento de tecnologia defensiva baseada em IA são essenciais para se manter um passo à frente dos criminosos.


Por Helena Motta 3 de junho de 2025
Nos últimos anos, o crescimento acelerado das ameaças digitais intensificou a necessidade de proteger os dados e sistemas da sua empresa como uma prioridade estratégica. Ataques como ransomware , phishing e malwares sofisticados estão cada vez mais frequentes e podem causar prejuízos financeiros, jurídicos e de reputação gravíssimos. Por isso, entender quais soluções de segurança são mais eficazes é essencial para tomar decisões informadas e garantir a continuidade do negócio. Mas afinal, quando falamos de Firewalls, Antivírus e EDR (Endpoint Detection and Response), qual dessas ferramentas oferece a melhor proteção para sua empresa? Ao longo do artigo vamos detalhar a aplicabilidade de cada uma delas, mas o que é necessário ter em mente desde o início é que cada uma atua em uma camada diferente da segurança cibernética e possui características específicas. Hoje, vamos explicar o que faz cada uma dessas soluções, comparar seus pontos fortes e fracos, e ajudar você a identificar qual combinação é mais adequada para a realidade do seu ambiente corporativo. Continue a leitura!
Por Helena Motta 20 de maio de 2025
Nos últimos anos, o crescimento do uso e da aplicabilidade de Inteligências Artificiais no mundo corporativo deu um grande salto. Longe do que o senso comum supõe, essa não é uma realidade somente na área de tecnologia, já que essas ferramentas têm encontrado cada vez mais espaço em setores como o da educação e saúde ou até mesmo de indústria e comércio. Como reflexo desse avanço acelerado, o Brasil é hoje um dos países mais vulneráveis do mundo quanto o assunto é o uso de IAs no ambiente empresarial, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology) dos Estados Unidos, 54% dos líderes de Segurança entrevistados no Brasil durante o Global Cybersecurity Leadership Insights em2024 veem no aumento de superfícies de ataques um grande risco do uso de ferramentas de inteligência artificial. Diante desse cenário, é essencial que as empresas elaborem um programa de governança de IA para evitar incidentes que podem ser devastadores para a imagem e para a saúde financeira da instituição. No artigo de hoje, destrincharemos esse tema abordando principalmente os seguintes tópicos: O que é Governança de IA? Por que investir em Governança de IA é essencial atualmente? Como essa estratégia pode fortalecer a segurança das empresas? Boas práticas na implementação destas políticas
Por Bruna Gomes 6 de maio de 2025
Quando o assunto é golpe digital, a maioria das pessoas já ouviu falar de phishing, vírus e ataques a senhas. Mas existe um tipo de ameaça mais silenciosa e menos conhecida que pode colocar em risco dados pessoais e informações importantes da sua empresa, mesmo quando tudo parece normal: o pharming. Esse tipo de ataque é sorrateiro. Ele não depende de um clique errado ou de um e-mail suspeito. Na verdade, ele pode acontecer mesmo quando você digita o endereço certo de um site confiável. E justamente por isso ele é tão perigoso.  Neste artigo, você vai entender o que é o pharming, como ele funciona, quais riscos ele representa para usuários e empresas, e, o mais importante, o que fazer para se proteger. Continue a leitura!
Por Helena Motta 24 de abril de 2025
A Consolidação da Cibersegurança é uma resposta às necessidades de estruturação e modernização dos ambientes de segurança empresariais e que tem como objetivo reduzir o número de soluções e fornecedores contratados, ao mesmo tempo em que se garante a robustez da proteção. Através dessa abordagem, é possível eliminar brechas que surgem da sobreposição de ferramentas e integrar o ambiente de forma completa, garantindo assim maior eficiência e aproveitamento de recursos. No artigo de hoje vamos discutir como essa é uma tendência oportuna em um momento de evolução altamente acelerada dos ataques a empresas e com grande risco de perdas econômicas por paralização das atividades ou vazamento de dados. Veremos também os benefícios da adoção dessa estratégia e os pontos de atenção para implementá-la adequadamente, além de um guia para essa execução na sua empresa.
Por André Pino 8 de abril de 2025
Se a sua empresa já usa a nuvem ou está pensando em migrar, provavelmente já se deparou com dúvidas sobre como controlar os custos e manter tudo funcionando de forma eficiente. Nesse artigo vamos te explicar de forma simples e direta o que é FinOps e porque essa prática tem ganhado tanto espaço nas empresas que querem usar a nuvem de forma mais estratégica. Boa leitura!
Por Bruna Gomes 25 de março de 2025
Nos últimos anos, a transformação digital acelerada e o crescimento dos ambientes híbridos trouxeram novas oportunidades, mas também novos riscos. As ameaças cibernéticas estão mais sofisticadas, persistentes e coordenadas, explorando vulnerabilidades em diversos pontos da infraestrutura corporativa ao mesmo tempo. Para os profissionais de TI e cibersegurança, isso significa lidar com uma superfície de ataque cada vez maior, além de um volume crescente de alertas, dados desconexos e pressões por respostas rápidas. Soluções tradicionais, como antivírus, firewalls e até mesmo ferramentas de EDR e SIEM, já não são suficientes para dar conta da complexidade atual. É nesse cenário que surge o XDR (Extended Detection and Response) uma abordagem moderna que integra, correlaciona e automatiza a detecção e resposta a ameaças de forma coordenada, em tempo real.  Neste artigo, vamos explorar como o XDR funciona, quais os seus principais benefícios e como ele pode ser o próximo passo estratégico para empresas que buscam proteção inteligente, integrada e eficaz. Continue a leitura!
Anatomia de um ataque
Por Bruna Gomes 11 de março de 2025
As ameaças cibernéticas são uma realidade constante, evoluindo em complexidade e sofisticação. Empresas de todos os portes são alvos potenciais, e um único ataque bem-sucedido pode comprometer dados sensíveis, interromper operações e gerar prejuízos irreparáveis.
Por Bruna Gomes 19 de fevereiro de 2025
No mundo digital de hoje, no qual as ameaças cibernéticas evoluem constantemente, confiar em um único provedor de segurança pode deixar as organizações vulneráveis e limitar sua capacidade de responder a ataques complexos. A diversificação de provedores de segurança pode ser uma estratégia essencial, não apenas para fortalecer a defesa contra essas ameaças, mas também para adaptar-se rapidamente às mudanças tecnológicas e regulatórias. Com o aumento da complexidade das infraestruturas de TI e a crescente sofisticação dos cibercriminosos, colocar todos os recursos de segurança nas mãos de um único fornecedor é uma aposta arriscada. Diversificar os provedores de segurança permite às empresas explorarem especializações variadas, garantir a continuidade dos serviços e reduzir a dependência de uma única fonte de proteção, o que pode ser crucial em momentos de crise. Neste artigo, exploraremos por que diversificar os provedores de segurança é boa estratégia. Continue a leitura!
os perigos do uso de IA no processo de desenvolvimento de aplicações
Por Bruna Gomes 5 de fevereiro de 2025
No cenário atual, o uso da Inteligência Artificial no desenvolvimento de aplicações tem se tornado cada vez mais comum, prometendo inovação e eficiência. No entanto, essa tecnologia também traz à tona uma série de perigos que precisam ser urgentemente discutidos. Os algoritmos de IA, frequentemente complexos e pouco transparentes, enfrentam riscos de ataques cibernéticos e exploração maliciosa. Além disso, sua capacidade de processar grandes volumes de dados levanta sérias preocupações sobre privacidade e conformidade com regulamentos de proteção de dados.  No artigo de hoje, vamos explorar os principais perigos associados ao uso da IA no desenvolvimento de aplicações e como as empresas podem adotar práticas seguras para mitigar esses riscos.
Monitoramento de segurança
22 de janeiro de 2025
Em um mundo cada vez mais conectado, a segurança das informações e ativos digitais se tornou uma prioridade indiscutível para empresas de todos os tamanhos. Em especial, devido ao aumento de ameaças cibernéticas e violações de dados que observamos nos últimos anos, a capacidade de identificar e responder rapidamente a incidentes de segurança é vital. Nesse cenário, soluções de monitoramento de segurança é implementado não apenas como uma medida protetiva, mas uma estratégia essencial que pode determinar o sucesso ou fracasso de um negócio. No post de hoje, vamos explorar a importância do monitoramento de segurança, como ele pode proteger sua empresa e as melhores práticas para implementá-lo de forma eficaz.
Mais Posts
Share by: