Layout do blog

Deepfake: o que é e como identificar?

Bruna Gomes
30 de agosto de 2022

Você já ouviu falar em Deepfake? Apesar de não ser muito conhecido, esse não é um conceito novo. O Deepfake é uma tática de vídeo que tem evoluído bastante, tornando cada vez mais difícil discernir qual vídeo é verdadeiro. O número de casos de vídeos falsos aumentaram progressivamente, principalmente com a proximidade das eleições.

 

A tecnologia de fazer modificações em vídeos utilizando a Inteligência Artificial (IA) já era muito utilizada no cinema. Mas essa ideia só se tornou popular nos últimos anos e hoje existem até aplicativos gratuitos que ajudam a produzir deepfakes. Essa é uma técnica que, assim como a fake news, pode enganar muitas pessoas sobre notícias importantes. No artigo de hoje vamos entender melhor o que é o deepfake e como identificar esse tipo de vídeo. Continue a leitura! 

O que é Deepfake?

O deepfake é uma técnica que utiliza a Inteligência Artificial (IA)para criar vídeos falsos. Nesses vídeos, o rosto de uma pessoa é colocado em outro corpo ou há a combinação de um áudio com um vídeo já existente. O objetivo é utilizar a tecnologia para reproduzir uma situação que não aconteceu. 

 

O termo tem relação com o deep learning. É uma técnica para fazer machine learning, e surgiu em dezembro de 2017 com a postagem de falsos vídeos íntimos envolvendo artistas famosas. O usuário utilizava um software de deep learning para colocar os rostos das mulheres em vídeos já existentes.

 

E como vimos, essa técnica já era utilizada há muitos anos pelos filmes de Hollywood, que criavam cenas inteiras, mas gastando muito dinheiro. O perigo é que agora existem novos métodos, que são bem mais baratos, para a produção de vídeos falsos. O criador só precisa ter acesso a algoritmos de deep learning e um bom processador gráfico para reproduzir um deepfake.

Como funciona?

Basicamente, é só alimentar um software com diversas fotos e vídeos de uma pessoa, que a máquina aprende suas características, como feições e movimentos. Com isso, é capaz de criar uma animação falsa. 


Tecnologicamente, o deepfake funciona a partir de Redes Adversariais Generativas (GAN), onde uma inteligência artificial geradora e uma discriminadora são unidas e alimentadas com informações. Com isso, a IA discriminadora aprende a distinguir o que é falso ou verdadeiro e a IA geradora aprende a desenvolver fakes capazes de confundir a IA discriminadora.

 

Ou seja, o software é alimentado sincronicamente com dados verdadeiros e dados falsos, até encontrar um ponto de convergência onde possa unir os dois rostos. Assim, a tecnologia é capaz de receber informações de uma pessoa e processar como se fosse outra.

Como identificar um deepfake?

Os deepfakes são predominante usados em tom de humor nas redes sociais. Mas, há muitos perigos na criação de vídeos falsos. O deepfake permitiu que uma propaganda de streaming revivesse o personagem Chaves, mas também serviu para que golpistas se passassem por Elon Musk. É preciso estar atento a essa nova tecnologia e saber como identificar esse tipo de vídeo. Até porque, alguns especialistas alertam para o protagonismo que essa técnica pode assumir nas eleições de 2022, elevando a dificuldade do combate às famosas Fake News. 

 

Pensando nisso, separamos algumas dicas para que você possa identificar um deepfake. Confira:

Traços humanos:

 

Apesar de ser uma tecnologia muito eficiente, especialistas afirmam que existem alguns traços humanos que essa Inteligência Artificial não consegue reproduzir. Por isso, fique atento aos padrões, como piscadas de olhos estranhas ou movimentos bruscos e forçados, e até mesmo borrões na imagem.

Coordenação do vídeo:

 

A técnica do deepfake gera uma espécie de máscara em 2D, que é ajustada ao rosto da pessoa verdadeira, por isso, ainda não consegue desenvolver rostos tridimensionais, . Sendo assim, é preciso observar se a fala está coordenada com o movimento da boca e também, analisar a coloração da imagem.

Algoritmo de identificação:

 

Pesquisadores das universidades de Berkeley e Southern California utilizaram as mesmas tecnologias aplicadas nos deepfakes para desenvolver um algoritmo que possa identificar essas manipulações. O algoritmo consegue apontar quando as falas apresentadas são verdadeiras ou falsas. Isso porque, apesar de ser um avanço tecnológico, o deepface ainda apresenta dificuldade em analisar imagens nas quais o locutor não está olhando diretamente para a câmera. 

Método para impedir:

 

Os pesquisadores da Cornell University também desenvolveram pesquisas em busca de evitar a propagação de vídeos falsos. Eles criaram um método que impede a geração de deepfakes. São inseridos na imagem original, ruídos imperceptíveis aos olhos humanos que impedem que a IA identifique o rosto verdadeiro, identificando elementos que não existem na imagem.


Essas são algumas dicas para que você possa tentar identificar um deepfake. Em questão de regulamentação dessa prática, há divergência se irão utilizar leis que já existem, como a LGPD, ou se irão criar leis novas para os casos de deepfake.   

 

A técnica tem se expandido e se popularizado cada vez mais, e mesmo assim, ainda faltam mecanismos de proteção contra essa falsificação de imagens. Por isso, é importante ter cuidado com os conteúdos que são compartilhados na internet. E é preciso sempre checar se as informações são verdadeiras e procurar uma fonte confiável para confirmá-las. 


IA como usuário: o futuro da identidade digital e o desafio da autenticação autônoma
Por Helena Motta 3 de dezembro de 2025
A A presença de agentes inteligentes em sistemas corporativos já saiu do campo da experimentação e entrou na rotina operacional. Bots que reservam salas, agentes que sincronizam dados entre serviços, e assistentes que executam ações em nome de equipes são exemplos de um fenômeno que exige repensar o que entendemos por identidade digital. Quando uma inteligência artificial age como um usuário, quais são as garantias mínimas de quem ela é, do que pode fazer e de como suas ações serão rastreadas? Este artigo explora esse novo cenário, os limites dos modelos atuais de autenticação e caminhos práticos para a transição a um modelo de identidade que suporte agentes autônomos de forma segura e auditável.
Infraestrutura de pagamentos: o que não pode falhar na Black Friday
Por Bruna Gomes 19 de novembro de 2025
A Black Friday se consolidou como uma das datas mais importantes para o varejo digital, impulsionando picos de acesso e volumes de transações muito acima da média ao longo de poucas horas. Para as empresas, esse é um momento decisivo: além da oportunidade comercial, há também um aumento significativo da pressão sobre toda a estrutura tecnológica que sustenta a jornada de compra. Entre todos os componentes da operação, a infraestrutura de pagamentos é uma das partes mais sensíveis e a que mais impacta diretamente o faturamento. Diante desse cenário, preparar a infraestrutura de pagamentos é essencial para manter a operação estável, garantir altas taxas de aprovação e proteger a continuidade do negócio.  Neste artigo, exploramos os principais riscos, os gargalos mais comuns e as práticas fundamentais para enfrentar a Black Friday com segurança e eficiência. Continue a leitura!
Entenda o impacto do uso de IA generativa em ataques cibernéticos
Por Helena Motta 4 de novembro de 2025
Neste artigo explicaremos como a IA generativa está sendo usada em ataques cibernéticos, quais são os impactos para as organizações e quais medidas práticas podem ser adotadas para mitigar esses riscos.
Usuário não-humano: o desafio da identidade digital para sistemas
Por Bruna Gomes 22 de outubro de 2025
Neste artigo, vamos entender o que são usuários não humanos, por que eles representam um desafio para a segurança digital e o que sua empresa pode (e deve) fazer para gerenciar essas identidades com mais controle, visibilidade e proteção.
O que a nova estratégia nacional de cibersegurança significa para empresas brasileiras
Por Helena Motta 7 de outubro de 2025
Nesse artigo vamos compreender como as principais decisões estabelecidas na Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) impactam as empresas brasileiras.
Por que cibersegurança também deve estar na pauta do RH e do Marketing?
Por Bruna Gomes 24 de setembro de 2025
Quando pensamos em cibersegurança, é comum imaginar que a responsabilidade está apenas nas mãos da equipe de TI. Mas, na prática, as ameaças digitais estão cada vez mais ligadas ao comportamento das pessoas e ao uso estratégico da informação. E isso envolve diretamente outras áreas da empresa, como RH e Marketing. Esses dois setores lidam com dados sensíveis, canais de comunicação e relacionamentos essenciais para a reputação da marca. Por isso, também estão entre os alvos preferenciais de cibercriminosos. Neste artigo, vamos mostrar por que a segurança digital precisa ser compartilhada com todas as áreas do negócio, quais são os riscos que atingem diretamente o RH e o Marketing, e como essas equipes podem contribuir ativamente para proteger a empresa. Continue a leitura!
Ransomware as a Service: como o crime cibernético virou modelo de negócios
Por Helena Motta 10 de setembro de 2025
O Ransomware é uma ameaça cibernética amplamente difundida e conhecida, mas nos últimos anos ele passou por uma espécie de industrialização com objetivo de potencializar os ganhos financeiros tanto de quem os cria quanto dos que o aplicam. Esse movimento causou um crescimento espantoso dessa ameaça, chegando ao ponto de ser declarada como uma ameaça à segurança nacional nos Estados Unidos. A escalada dos ataques tem afetado setores inteiros, com potencial de interromper serviços essenciais como hospitais, supermercados, sistemas de transporte e até fornecimento de energia. O impacto vai além do ambiente digital, podendo comprometer a operação e a reputação de uma organização por completo. Neste artigo, vamos mergulhar nesse assunto para compreender como o Ransonware as a Service (RaaS) funciona, assim como formas de evitar e minimizar sua ameaça.
Como identificar e evitar golpes digitais que miram pequenas e médias empresas
Por Helena Motta 26 de agosto de 2025
Pequenas e médias empresas (PMEs) tornaram-se um dos alvos favoritos de cibercriminosos. A percepção de que essas organizações têm defesas limitadas, cultura de segurança pouco madura e operações com terceirizações vulneráveis contribui para isso. Segundo o Mapa da Fraude 2025, da ClearSale, três em cada quatro vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são pequenas ou médias empresas. E mais de 40% dos ataques globais registrados em 2024 miraram esse segmento. Este artigo apresenta os principais golpes digitais que atingem PMEs e oferece medidas acessíveis e eficazes para identificá-los e se proteger.
Governança de Dados: Como corrigir a promessa quebrada nas empresas
Por André Pino 12 de agosto de 2025
A governança de dados é, hoje, uma das principais prioridades para empresas que desejam se manter competitivas em um mundo cada vez mais orientado por informações. Cerca de 70% das corporações mais valiosas do planeta já são data-driven, o que reforça a importância de saber gerenciar, proteger e governar dados sensíveis de forma eficaz. No entanto, apesar dos investimentos, muitas organizações ainda enfrentam um cenário frustrante: a promessa da governança de dados não está sendo cumprida. Isso acontece porque os modelos tradicionais se baseiam em processos manuais, auditorias periódicas e equipes desconectadas. O resultado? Um sistema engessado, reativo e com políticas que raramente saem do papel. A governança de dados moderna, por outro lado, exige automação, visibilidade contínua e integração com ferramentas de segurança como DSPM (Data Security Posture Management) e DLP (Data Loss Prevention). Neste artigo, vamos explorar porque a governança de dados falha em muitas empresas e como soluções como o DSPM têm transformado essa realidade, tornando a governança mais eficiente, proativa e alinhada aos desafios atuais da segurança da informação.
Shadow AI: O risco invisível que já está na sua empresa
Por André Pino 30 de julho de 2025
A ascensão da inteligência artificial (IA) transformou profundamente a forma como empresas operam, inovam e se comunicam. Porém, à medida que ferramentas baseadas em IA se popularizam, de assistentes de escrita a plataformas de geração de conteúdo, uma ameaça silenciosa cresce dentro das organizações: o Shadow AI. Trata-se do uso não autorizado ou não monitorado de aplicações de IA por colaboradores, sem o conhecimento da equipe de TI ou segurança da informação. Segundo o relatório The State of AI Cyber Security (2025), produzido pela Check Point Research, mais da metade das redes corporativas (51%) já utilizam serviços de GenAI regularmente. Frequentemente sem políticas de governança bem definidas ou qualquer tipo de controle formal. Neste artigo, você entenderá o que é Shadow AI, os riscos de segurança e conformidade que ele representa e por que a governança de IA deve ser uma prioridade para empresas de todos os portes.
Share by: