Layout do blog

Visibilidade na cibersegurança: entenda a importância

Bruna Gomes
7 de novembro de 2023

Na segurança cibernética, a visibilidade é um fator crucial. Quando não podemos enxergar claramente os ativos, os fluxos de dados e as atividades em nossa infraestrutura digital, enfrentamos uma vulnerabilidade alarmante. A falta de visibilidade na cibersegurança, muitas vezes, é o elo mais fraco, abrindo portas para ameaças invisíveis que podem se infiltrar e causar danos à organização.

 

Sendo assim, a necessidade de visibilidade na cibersegurança é uma realidade inegável. Não se trata apenas de saber o que está acontecendo, mas também de entender o contexto, identificar ameaças em tempo real e tomar medidas proativas para defender seu ambiente digital. No artigo de hoje, exploraremos a importância da visibilidade na cibersegurança, destacando os riscos associados à falta dela e como as organizações podem se fortalecer e aumentar sua visibilidade. Continue a leitura!

O que é a falta de visibilidade na cibersegurança?

Imagine tentar proteger uma casa no escuro, sem saber quem está na porta ou o que está acontecendo ao seu redor. É exatamente isso que acontece quando a visibilidade na cibersegurança é limitada. Não é possível proteger o que não vemos, e cada dispositivo não identificado, cada conexão não rastreada, representa uma possível brecha na segurança da organização.

A falta de visibilidade na segurança cibernética acontece devido à ineficácia de uma organização para monitorar e compreender completamente sua infraestrutura digital, incluindo todos os dispositivos, aplicativos, fluxos de dados e atividades que ocorrem dentro de sua rede. Isso resulta em uma falta de clareza sobre o que está acontecendo em seu ambiente digital, tornando-se um problema crítico na proteção contra ameaças cibernéticas.

 

Quando uma organização não tem visibilidade, significa que não pode identificar todos os dispositivos conectados à sua rede, não consegue rastrear o tráfego de dados ou monitorar atividades suspeitas. Essa falta de informação cria brechas na segurança, uma vez que os invasores podem explorar o que não é visto. Dessa forma, fica mais difícil para a equipe de segurança detectar ameaças em tempo real, responder a incidentes de segurança e tomar medidas proativas para proteger seus dados e ativos digitais.

 

Em resumo, a falta de visibilidade na segurança cibernética coloca a organização em uma posição de vulnerabilidade, uma vez que não pode proteger eficazmente o que não consegue ver. A visibilidade é essencial para a compreensão completa do ambiente digital e para a defesa contra ameaças cibernéticas.

Riscos da falta de visibilidade

Como vimos, quando a empresa não consegue enxergar claramente o que está acontecendo em seu ambiente digital, fica mais suscetível a ameaças e desafios complexos. Isso representa riscos significativos que podem ter consequências prejudiciais para as organizações. Confira os principais riscos da falta de visibilidade na cibersegurança:


  •  Dificuldade na detecção de ameaças: A falta de visibilidade na cibersegurança torna quase impossível identificar ameaças cibernéticas em tempo real. Isso significa que os ataques podem ocorrer sem detecção, permitindo que invasores se movam livremente na rede.
  • Tempo de resposta lento: A dificuldade na detecção de ameaças também dificulta a capacidade de responder rapidamente a incidentes de segurança. Isso pode levar a um tempo de resposta mais lento, permitindo que as ameaças se espalhem e causem danos antes que medidas sejam tomadas.
  • Ameaças internas não detectadas: A falta de visibilidade não se limita a ameaças externas. Também torna difícil detectar atividades suspeitas de dentro da organização, como funcionários com más intenções ou ações acidentais que comprometem a segurança.
  • Compliance e Regulamentações: Muitas regulamentações de segurança, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), exigem que as organizações monitorem e relatem incidentes de segurança. A falta de visibilidade torna difícil cumprir essas obrigações e pode resultar em violações de conformidade.
  • Exposição a vulnerabilidades: Sem visibilidade, as organizações podem não estar cientes de vulnerabilidades em seus sistemas e aplicativos. Isso deixa portas abertas para os cibercriminosos explorarem as falhas de segurança não corrigidas.
  • Dificuldade na investigação de incidentes: Quando ocorre um incidente de segurança, a falta de visibilidade dificulta a investigação e a identificação da causa raiz. Isso pode resultar em dificuldades na solução de problemas e na prevenção de recorrências.

 

 Ter uma compreensão clara do ambiente digital é essencial para mitigar esses riscos e manter a segurança cibernética robusta.

Como aumentar a visibilidade na cibersegurança

Diante dos desafios apresentados pela falta de visibilidade na cibersegurança, a boa notícia é que existem estratégias e ferramentas que podem ajudar as organizações a aumentarem sua visibilidade e fortalecerem sua postura de segurança digital. Confira as principais medidas:


  1. Ferramentas de monitoramento avançadas: A utilização de ferramentas de monitoramento de segurança avançadas é fundamental para aumentar a visibilidade. Isso inclui sistemas de detecção de intrusões (IDS), sistemas de prevenção de intrusões (IPS), sistemas de gerenciamento de registros (SIEM) e soluções de visibilidade de rede.
  2. Segmentação de rede: Uma boa estratégia é dividir a sua rede em segmentos, criando zonas de segurança que facilitam a monitorização. Isso permite um controle mais eficiente e maior visibilidade de atividades em áreas específicas da rede.
  3. Políticas de acesso e autenticação fortes: Garanta que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a sistemas e dados críticos. A autenticação de múltiplo fatores (MFA) e senhas robustas ajudam a proteger ainda mais a visibilidade.
  4. Auditoria e monitoramento constantes: Realize auditorias regulares e monitore continuamente a atividade da rede e dos sistemas. Isso ajuda a identificar rapidamente qualquer anomalia.
  5. Treinamento e conscientização de funcionários: Funcionários bem informados e cientes de boas práticas de segurança são ativos valiosos na busca por maior visibilidade. Treine sua equipe para relatar atividades suspeitas e seguir procedimentos de segurança.

 

Aumentar a visibilidade em segurança cibernética não é apenas uma tarefa técnica, mas também uma estratégia organizacional. Requer investimento em ferramentas e tecnologias, bem como uma mudança cultural que enfatiza a importância da segurança em toda a organização.

Conclusão

A visibilidade na cibersegurança é uma necessidade crítica em um mundo digital cada vez mais complexo e repleto de ameaças. Como exploramos neste artigo, a falta de visibilidade expõe as organizações a uma série de riscos que podem ter consequências graves.


Aumentar a visibilidade é mais do que uma simples medida de segurança; é uma mentalidade que reconhece a importância de entender completamente o ambiente digital. Isso permite que as organizações detectem ameaças em tempo real, respondam a incidentes com eficácia e protejam seus dados e ativos digitais de maneira robusta.


Usuário não-humano: o desafio da identidade digital para sistemas
Por Bruna Gomes 22 de outubro de 2025
Neste artigo, vamos entender o que são usuários não humanos, por que eles representam um desafio para a segurança digital e o que sua empresa pode (e deve) fazer para gerenciar essas identidades com mais controle, visibilidade e proteção.
O que a nova estratégia nacional de cibersegurança significa para empresas brasileiras
Por Helena Motta 7 de outubro de 2025
Nesse artigo vamos compreender como as principais decisões estabelecidas na Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) impactam as empresas brasileiras.
Por que cibersegurança também deve estar na pauta do RH e do Marketing?
Por Bruna Gomes 24 de setembro de 2025
Quando pensamos em cibersegurança, é comum imaginar que a responsabilidade está apenas nas mãos da equipe de TI. Mas, na prática, as ameaças digitais estão cada vez mais ligadas ao comportamento das pessoas e ao uso estratégico da informação. E isso envolve diretamente outras áreas da empresa, como RH e Marketing. Esses dois setores lidam com dados sensíveis, canais de comunicação e relacionamentos essenciais para a reputação da marca. Por isso, também estão entre os alvos preferenciais de cibercriminosos. Neste artigo, vamos mostrar por que a segurança digital precisa ser compartilhada com todas as áreas do negócio, quais são os riscos que atingem diretamente o RH e o Marketing, e como essas equipes podem contribuir ativamente para proteger a empresa. Continue a leitura!
Ransomware as a Service: como o crime cibernético virou modelo de negócios
Por Helena Motta 10 de setembro de 2025
O Ransomware é uma ameaça cibernética amplamente difundida e conhecida, mas nos últimos anos ele passou por uma espécie de industrialização com objetivo de potencializar os ganhos financeiros tanto de quem os cria quanto dos que o aplicam. Esse movimento causou um crescimento espantoso dessa ameaça, chegando ao ponto de ser declarada como uma ameaça à segurança nacional nos Estados Unidos. A escalada dos ataques tem afetado setores inteiros, com potencial de interromper serviços essenciais como hospitais, supermercados, sistemas de transporte e até fornecimento de energia. O impacto vai além do ambiente digital, podendo comprometer a operação e a reputação de uma organização por completo. Neste artigo, vamos mergulhar nesse assunto para compreender como o Ransonware as a Service (RaaS) funciona, assim como formas de evitar e minimizar sua ameaça.
Como identificar e evitar golpes digitais que miram pequenas e médias empresas
Por Helena Motta 26 de agosto de 2025
Pequenas e médias empresas (PMEs) tornaram-se um dos alvos favoritos de cibercriminosos. A percepção de que essas organizações têm defesas limitadas, cultura de segurança pouco madura e operações com terceirizações vulneráveis contribui para isso. Segundo o Mapa da Fraude 2025, da ClearSale, três em cada quatro vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são pequenas ou médias empresas. E mais de 40% dos ataques globais registrados em 2024 miraram esse segmento. Este artigo apresenta os principais golpes digitais que atingem PMEs e oferece medidas acessíveis e eficazes para identificá-los e se proteger.
Governança de Dados: Como corrigir a promessa quebrada nas empresas
Por André Pino 12 de agosto de 2025
A governança de dados é, hoje, uma das principais prioridades para empresas que desejam se manter competitivas em um mundo cada vez mais orientado por informações. Cerca de 70% das corporações mais valiosas do planeta já são data-driven, o que reforça a importância de saber gerenciar, proteger e governar dados sensíveis de forma eficaz. No entanto, apesar dos investimentos, muitas organizações ainda enfrentam um cenário frustrante: a promessa da governança de dados não está sendo cumprida. Isso acontece porque os modelos tradicionais se baseiam em processos manuais, auditorias periódicas e equipes desconectadas. O resultado? Um sistema engessado, reativo e com políticas que raramente saem do papel. A governança de dados moderna, por outro lado, exige automação, visibilidade contínua e integração com ferramentas de segurança como DSPM (Data Security Posture Management) e DLP (Data Loss Prevention). Neste artigo, vamos explorar porque a governança de dados falha em muitas empresas e como soluções como o DSPM têm transformado essa realidade, tornando a governança mais eficiente, proativa e alinhada aos desafios atuais da segurança da informação.
Shadow AI: O risco invisível que já está na sua empresa
Por André Pino 30 de julho de 2025
A ascensão da inteligência artificial (IA) transformou profundamente a forma como empresas operam, inovam e se comunicam. Porém, à medida que ferramentas baseadas em IA se popularizam, de assistentes de escrita a plataformas de geração de conteúdo, uma ameaça silenciosa cresce dentro das organizações: o Shadow AI. Trata-se do uso não autorizado ou não monitorado de aplicações de IA por colaboradores, sem o conhecimento da equipe de TI ou segurança da informação. Segundo o relatório The State of AI Cyber Security (2025), produzido pela Check Point Research, mais da metade das redes corporativas (51%) já utilizam serviços de GenAI regularmente. Frequentemente sem políticas de governança bem definidas ou qualquer tipo de controle formal. Neste artigo, você entenderá o que é Shadow AI, os riscos de segurança e conformidade que ele representa e por que a governança de IA deve ser uma prioridade para empresas de todos os portes.
Vulnerabilidades em softwares de código aberto: riscos ocultos e como mitigá-los
Por Bruna Gomes 15 de julho de 2025
O código aberto está em toda parte. De sistemas operacionais a bibliotecas de desenvolvimento, passando por bancos de dados, ferramentas de automação e até soluções de segurança, o software open source faz parte da base tecnológica de milhares de empresas. Sua adoção cresceu com a busca por mais agilidade, menor custo e liberdade técnica e, por isso, se tornou uma escolha estratégica em muitos projetos. Mas junto com os benefícios, surgem também responsabilidades. Diferente de soluções proprietárias, o código aberto não vem com garantias formais de suporte ou atualização. Cabe à própria empresa decidir como usar, validar, manter e proteger o que adota. E é nesse ponto que surgem riscos muitas vezes invisíveis: vulnerabilidades não corrigidas, falhas herdadas de bibliotecas externas, ou até problemas legais por uso indevido de licenças. Neste artigo, você vai entender o que são softwares de código aberto, por que tantas empresas apostam neles, quais são os riscos mais comuns e, principalmente, como mitigar esses riscos. Vamos nessa? 
Excesso de alertas: como o ruído prejudica a resposta a incidentes cibernéticos
Por Helena Motta 1 de julho de 2025
O avanço acelerado das ameaças digitais nos últimos anos tem levado empresas de todos os portes a reforçarem suas estratégias de segurança. Soluções como SIEMs, EDRs, IDS/IPS, firewalls, CASBs e XDRs tornaram-se comuns nas infraestruturas corporativas. Essas ferramentas prometem visibilidade e controle sobre ambientes cada vez mais complexos e distribuídos. No entanto, essa abundância tecnológica tem gerado um efeito colateral preocupante: o excesso de alertas. O fenômeno c onhecido como alert fatigue, ou excesso de alertas, afeta diretamente a eficiência dos times de segurança. As equipes se veem sobrecarregados por um volume massivo de notificações diárias que muitas vezes são irrelevantes ou redundantes. Em vez de fortalecer a resposta a incidentes, o ruído gerado pelas ferramentas de defesa acaba prejudicando a capacidade de detectar, priorizar e agir diante de ameaças reais. Neste artigo, exploramos como o excesso de alertas compromete a segurança cibernética nas organizações, analisamos suas causas e consequências e apresentamos estratégias eficazes para mitigar esse problema e melhorar a resposta a incidentes.
O papel do líder na proteção cibernética da empresa
Por Bruna Gomes 17 de junho de 2025
O cenário da segurança cibernética está cada vez mais desafiador. A cada dia surgem novas ameaças, mais sofisticadas e difíceis de detectar, exigindo atenção constante e respostas rápidas. Com isso, os líderes técnicos, especialmente os responsáveis diretos pela segurança da informação, estão sobrecarregados, estressados e, muitas vezes, trabalhando no limite. A verdade é que proteger uma organização não pode ser tarefa de uma única área. A responsabilidade pela segurança digital precisa ser compartilhada por toda a liderança. Em um ambiente cada vez mais conectado, qualquer decisão estratégica (de negócios, operações, tecnologia ou pessoas) pode impactar diretamente a integridade dos dados e a continuidade do negócio. Neste artigo, você vai entender por que a cibersegurança deve estar na agenda dos líderes, quais são os riscos da ausência de envolvimento e como decisões do dia a dia influenciam o nível de proteção da empresa. Continue a leitura!
Share by: