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Ataque DoS e DDoS: o que é e como se prevenir?

nathalia
24 de novembro de 2021

Volta e meia nos deparamos com notícias sobre sites ou servidores que foram alvo de ataques cibernéticos. Com isso, aumentou a preocupação envolvendo a segurança da informação e dos dados. E também com os sites que os colaboradores da empresa acessam. E essa preocupação não é à toa quando se trata de ataques DoS e DDoS.

Nesse artigo vamos te explicar o que são os ataques DoS e DDoS, como funcionam, quais são os tipos e como mitigar esses ataques.

O que são esses tipos de ataques?

  • DoS – Denial Of Service: conhecido também como ataque de negação de serviço, é um tipo de ataque que é uma tentativa de fazer com que aconteça uma sobrecarga no servidor ou até mesmo no computador, onde a intenção é que os recursos do sistema fiquem indisponíveis para os usuários. Vale lembrar que esse tipo de ataque não é caracterizado como uma invasão. Isso porque não possui acesso a nenhum dado interno do sistema, já que realiza apenas a invalidação por meio de uma sobrecarga. Nesse tipo de ataque apenas um computador faz vários pedidos para o alvo. Vale lembrar que no DoS o cracker só consegue derrubar servidores fracos e computadores com baixa banda.


  • DDoS – Distributed Denial of Service: é um tipo de ataque similar ao DoS, só que com algumas camadas extras. Conhecido também como ataque distribuído de negação de serviço, nesse tipo de ataque, um computador mestre pode gerenciar uma série de outros computadores, que chamamos de zumbis (calma, não é The Walking Dead, é quase). Por meios desse ataque o cracker invade o computador mestre, e este “escraviza” diversas outras máquinas, fazendo com que elas acessem ao mesmo tempo um determinado recurso em um único servidor. Todos os computadores zumbis irão acessar juntamente e sem interrupções o mesmo recurso desse servidor, a fim de sobrecarregá-lo.

Como funciona um ataque DDoS?

Já sabemos que o objetivo do ataque DDoS é sobrecarregar um sistema e impedir que usuários tenham acesso a determinado site ou servidor. Embora pareça algo simples, existe uma certa complexidade.

Quando se cria um fluxo contínuo e coordenado de solicitações falsas de acesso a um computador ou a um servidor, é nesse momento que um ataque DDoS se inicia. Desse modo, o alvo fica lotado de pedidos falsos e intermináveis. Assim, não consegue suprir a demanda de solicitações. Algumas delas são até de usuários verdadeiros, que querem realmente acessar um site, por exemplo, mas acabam sendo prejudicados pelo cibercriminoso.

 

A execução de um ataque DDoS inclui toda uma rede de botnets (computadores zumbis). Esses já estão infectados por “pragas” digitais e servem de auxílio para gerar ainda mais pedidos falsos de acesso a um alvo determinado, como um site de e-commerce, por exemplo.

 

Esses computadores zumbis, estão diretamente conectados a um computador mestre comandado por um cracker. Dependendo da situação e proporção do ataque, pode ser até mais que um computador mestre). O computador mestre é que controla os computadores zumbis. Ele faz todos solicitarem acesso a um alvo simultaneamente, causando os problemas que citamos.

Camadas do ataque

Antes de mais nada é importante entender como funcionam os ataques de DDoS, e é diante disso que é preciso saber quais são os os diferentes caminhos que os cibercriminosos podem seguir. O modelo de interconexão de sistemas abertos (conhecido também por modelo de OSI), nada mais é do que uma estrutura em camadas para diversos padrões de rede que contém sete camadas diferentes. Em cada camada do modelo de OSI existe um propósito único.

Camada 7 – Aplicação: localizada na parte superior, é a que mais se aproxima do usuário final. É nela que as pessoas interagem com diversos tipos de dispositivos (computador, notebook, smartphone e outros) e onde as redes se conectam às aplicações;

Camada 6 – Apresentação:
camada onde acontecem a criptografia e a descriptografia de dados, permitindo uma transmissão segura entre usuários;

Camada 5 – Sessão:  permite que dispositivos ou servidores se comuniquem entre si e controla as portas e as sessões;

Camada 4 – Transmissão:
na camada de transmissão os dados são comunicados por meio do TCP (Transmission Control Protocol), que se baseia no IP (Internet Protocol), chamado de TCP/IP;

Camada 3 – Rede:
determina o caminho físico que os dados seguirão para chegar ao destino;

Camada 2 – Link de Dados:
oferece um modo de transferir os dados entre entidades de rede. Além de detectar e corrigir erros que podem ocorrer na camada física;


Camada 1 – Física: diferente da camada de aplicação, citada no início dessa lista, a camada física é a primeira e mais baixa, é aqui que os bits brutos são transmitidos por meio de um link de dados físico que conecta os nós de rede.

Tipos desse ataque

Agora que entendemos as camadas, listamos alguns tipos de ataques DDoS e o que cada um deles faz:

UDP Flood:

Carrega portas aleatórias de um alvo com pacotes UDP – User Datagram Protocol, (protocolo de comunicação que serve para enviar muitos pacotes de informações e receber respostas de uma forma mais rápida) fazendo o servidor receber uma avalanche de informações, ficando mais lento até se sobrecarregar e ficar indisponível para acesso;

NTP Flood:

Invasores enviam pacotes válidos, porém falsificados, de NTP a um alvo de destino, as solicitações parecem ser verdadeiras e os servidores NTP da vítima continuam tentando responder à grande quantidade de solicitações recebidas, até que os recursos dessa rede se esgotem por não suportar a demanda, entrando em um fluxo repetitivo de reinicialização do sistema, e ficando fora do ar;

SYN Flood:

Afetam diretamente o processo de comunicação TCP de três vias, um processo conhecido como “aperto de mão de três vias”,  que inclui um cliente, um host e um servidor. Na comunicação TCP, o cliente inicia uma nova sessão de comunicação gerando um pacote SYN. O host, por sua vez, nessa operação verifica as sessões até que elas sejam fechadas pelo contato do cliente com o servidor. Esse tipo de ataque o atacante envia pacotes SYN para o servidor de destino, por exemplo. Porém, esses IPs são falsos e com a repetição desse processo, a memória do servidor entra em colapso por não conseguir processar e armazenar os pacotes recebidos. VoIP Flood:

Uma variação do UDP Flood, nesse tipo de ataque o atacante envia um número gigantesco de solicitações falsas, originadas de vários IPs diferentes, especificamente atingindo protocolos do tipo VoIP. O servidor por sua vez recebe essa enorme demanda de solicitações (um combinado de pedidos falsos e verdadeiros). Eos recursos são sugados muito rapidamente, comprometendo toda a infraestrutura de acesso. Isso faz com que o servidor procure uma solução, que é reiniciar automaticamente. Com a demanda de solicitações que não param de chegar, o servidor começa a ficar lento e vai sobrecarregando até esgotar toda sua banda larga.

Como se proteger de um ataque DDoS?

 

Todo site ou servidor está sujeito a sofrer direta ou indiretamente, as consequências de um ataque DDoS. Mas como assim diretamente e indiretamente? Calma, a gente te explica.

Diretamente é quando o seu site ou servidor se torna alvo do ataque DDoS e indiretamente é quando  o seu site compartilha a hospedagem em um servidor ou até mesmo rede de outro site que é um alvo.

Não existe uma mágica que impeça todos os ataques simultaneamente, mas alguns cuidados podem ser tomados para que esses ataques sejam prevenidos.


  • Utilizar filtros que identificam e bloqueiam pacotes com endereços IP falsos;
  • Utilize ferramentas que ajudam a identificar os ataques e tomar alguma decisão com base nas informações obtidas;
  • Aumente a capacidade de processamento (se possível) ou limite a largura de banda de acordo com o tipo de pacote de dados;
  • Utilize recursos que identifiquem uma solicitação legítima, através de autenticação de dois fatores, por exemplo.


 

E os cuidados corriqueiros que já citamos em outros artigos, vale para ajudar contra ataques do tipo DDoS. Como, por exemplo, atualizar softwares, proteger o sistema com soluções de segurança (firewall, antivírus e outros), que pode impedir que o seu computador seja usado como “zumbi” em ataque. 

 

 

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