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Mesmo que a sua empresa conte com um grande investimento em segurança, basta um profissional desatento em qualquer departamento para colocar os dados da empresa em risco. Isso porque, um dos maiores problemas para as organizações são os ataques de engenharia social. Ao contrário dos ataques cibernéticos convencionais, que exploram as vulnerabilidades tecnológicas, os ataques de engenharia social exploram as vulnerabilidades do comportamento humano.

Esses ataques utilizam truques e imitações para enganar as pessoas a realizarem uma ação. E os cibercriminosos estão cada vez mais aproveitando as fraquezas humanas para obter acesso a informações confidenciais e realizar ataques devastadores. No artigo de hoje, vamos explicar o que são os ataques de engenharia social, exploraremos os diferentes tipos de ataques e daremos dicas para ajudar sua organização a se proteger contra eles. Continue a leitura!

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O que são os ataques de engenharia social?

Engenharia social é uma técnica de análise, estudo e intervenção utilizada por cibercriminosos com o objetivo de obter acesso a informações confidenciais. Essa abordagem foca em estudar os indivíduos que desejam atacar, a fim de conseguir manipulá-los e enganá-los para obter dados pessoas ou realizar ações prejudiciais. Diferente dos outros tipos de ataques cibernéticos, a engenharia social ignora a programação e foca no fator humano. Por isso, é um ataque mais investigativo do que técnico e operacional.

Normalmente, o criminoso por trás dessa abordagem busca as vulnerabilidades de um funcionário da empresa, por exemplo. Ele se aproveita das fraquezas desse indivíduo, como a ingenuidade, a curiosidade, a falta de conhecimento e outros, para fazê-lo expor dados e informações confidenciais. O objetivo de um ataque de engenharia social é levar a pessoa a fazer algo que beneficie o atacante.

Por isso, a engenharia social não é realizada apenas através de técnicas digitais. Os cibercriminosos recorrem principalmente a técnicas que os ajudem a enganar as pessoas. Como, estudar os colaboradores por seus perfis nas redes sociais, telefonar para a empresa, entrar no escritório, entre outras.  Dessa forma, eles conseguem identificar qual funcionário aparenta menor familiaridade com a tecnologia e definir um alvo.

Sendo assim, os ataques de engenharia social podem causar danos significativos a uma organização. Como o roubo de dados, acesso não autorizado a sistemas e redes, perda financeira devido a fraudes e violações de segurança etc. Além disso, a engenharia social pode ser utilizada como uma etapa que antecede outro tipo de ataque mais preciso, como um ransomware.

Deste modo, é imprescindível estar atento à engenharia social devido ao seu potencial de causar danos significativos, tanto para indivíduos quanto para organizações. De acordo com o Relatório de Investigação de Violação de Dados de 2022 da Verizon Data Breach Investigations Report (DBIR), 82% das violações envolvem um elemento humano. E como ressalta nosso COO, Antônio Gomes: toda empresa é feita de pessoas e essa técnica visa explorar as vulnerabilidades da mente humana. Então, a estratégia de cibersegurança tem que levar em consideração a engenharia social.

Principais tipos de ataques de engenharia social

Existem diversos tipos de ataques de engenharia social, cada um com suas características e métodos específicos. Listamos os 5 principais ataques desse tipo que sua organização deve ficar de olho:

  1. Phishing:

É um dos ataques mais comuns e populares. Os criminosos enviam e-mails ou mensagens eletrônicas falsas, fazendo-se passar por organizações legítimas, como bancos, empresas ou serviços online populares. Eles tentam convencer as vítimas a fornecer informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito ou detalhes de login, geralmente através de links maliciosos que direcionam a vítima para sites falsos.

  1. Vishing:

O vishing é uma variação do phishing, seu funcionamento é exatamente o mesmo, só altera o meio de contato, que é feito por ligações. Para a Interpol, esse é um dos tipos de engenharia social que mais crescem. Nesse tipo de ataque, o criminoso pode ligar para a telefonista de uma empresa e coletar pequenos pedaços de informações que a princípio não fazem sentido, mas juntas oferecem um panorama mais amplo da organização da empresa, fluxo de aprovação etc.

  1. Engenharia social em redes sociais:

Os criminosos utilizam redes sociais para obter informações pessoais sobre as vítimas e criar mensagens persuasivas. Eles podem se passar por amigos, colegas de trabalho ou conhecidos para obter acesso a informações confidenciais ou induzir as vítimas a realizar ações indesejadas. Um golpe muito comum atualmente é o criminoso hackear um perfil e convencer os seguidores desse perfil a realizar um PIX na promessa de um retorno financeiro positivo e imediato.

  1. Engenharia Social em Pessoas (Quid pro quo):

Os atacantes oferecem algo em troca de informações ou acesso. Por exemplo, eles podem se fazer passar por técnicos de suporte e oferecer assistência imediata em troca de senhas ou acesso a sistemas.

  1. Engenharia Social em Instalações (Tailgating):

Os hackers se aproveitam da cortesia ou falta de vigilância para entrar em instalações restritas. Eles seguem uma pessoa autorizada através de portas ou portões de segurança, sem ter a devida permissão.

Com esses exemplos é possível perceber que a engenharia social é um golpe que faz parte de todo cotidiano da vida moderna. Por isso, é importante estar sempre alerta, ser cauteloso ao compartilhar informações pessoais e seguir as melhores práticas de segurança para evitar se tornar vítima desses ataques.

Como proteger sua empresa contra esses ataques

Existem várias medidas que as organizações podem adotar para se proteger contra os ataques de engenharia social. Separamos algumas diretrizes importantes:

  • Treinamento: educar os funcionários sobre os diferentes tipos de ataques de engenharia social, os sinais de alerta e as melhores práticas de segurança é essencial. Busque realizar treinamentos periódicos para garantir que todos os colaboradores da empresa estejam conscientes dos riscos e saibam como agir.
  • Políticas de segurança: um passo muito importante é estabelecer políticas claras de segurança da informação que incluam a engenharia social. Inclua na política da sua organização diretrizes sobre como lidar com e-mails suspeitos, solicitações de informações pessoais e outras formas de ataques. E certifique-se de que os funcionários compreendem essas políticas e estão cientes das consequências de violá-las.
  • Cultura de segurança: é importante criar dentro da organização uma cultura na qual a conscientização e a segurança sejam prioridades. Busque encorajar os funcionários a relatarem os incidentes suspeitos e promova um ambiente de confiança para as preocupações de segurança são levadas a sério por todos.
  • Verificação de Identidade: sempre que houver uma solicitação de informações confidenciais ou acesso a sistemas, verifique cuidadosamente a identidade do usuário solicitante. Use canais confiáveis de comunicação e confirme a solicitação por outros meios, como ligar para o número oficial da empresa ou entrar em contato pessoalmente.
  • Fortalecimento da Segurança de TI: é essencial contar com medidas de segurança robustas em sua infraestrutura de TI. Invista em soluções e tecnologias eficazes, como sistemas de detecção de intrusão, criptografia de dados, autenticação multifatorial e outras. Busque manter seus sistemas e softwares atualizados com os patches de segurança mais recentes.

Vale ressaltar que garantir a segurança de uma organização é um esforço contínuo e deve ser abordada em várias camadas para obter uma proteção eficaz contra os ataques de engenharia social.

Conclusão

Os ataques de engenharia social representam uma ameaça significativa para organizações e indivíduos, explorando as fraquezas humanas em vez de vulnerabilidades tecnológicas. Tendo isso em vista, treinamento, conscientização e cultura são a chave para uma proteção contra esses ataques. Por isso, as empresas devem investir em uma série de políticas de segurança e fornecer treinamento e conscientização adequados aos funcionários.

E nesse ponto, o apoio tecnológico é muito importante, pois ajuda a otimizar o trabalho e otimizar o resultado. Permite que você consiga, em um menor espaço de tempo, elevar o nível de cultura em cibersegurança da sua empresa.

Lembre-se que a conscientização e a vigilância contínua são fundamentais na luta contra a engenharia social. Com uma abordagem proativa e medidas adequadas de proteção, é possível mitigar os riscos associados a esses ataques e manter a segurança dos dados e das informações sensíveis.