Layout do blog

CWPP: O que é uma plataforma de proteção de carga de trabalho em nuvem?

Bruna Gomes
14 de fevereiro de 2023

Uma carga de trabalho corresponde a todos os processos e recursos que oferecem suporte a um aplicativo e às interações com ele. Antigamente, todas as cargas de trabalho eram executadas em máquinas físicas. Mas atualmente, na era da computação em nuvem, as cargas de trabalho são executadas em várias camadas diferentes. E um aplicativo com base em nuvem não irá operar corretamente se qualquer parte da carga de trabalho for comprometida. Por isso, é preciso contar com uma plataforma de proteção de carga de trabalho em nuvem (CWPP).

 

A segurança de cargas de trabalho na nuvem é complexa, é preciso proteger a variedade de cargas de trabalho em uso. Essas cargas passam entre vários fornecedores e usuários e a responsabilidade pela proteção das cargas de trabalho é compartilhada. Mas uma CWPP é capaz de detectar e remover ameaças em todos os tipos de infraestrutura. Essa plataforma foi projetada para proteger as aplicações e os dados em execução na nuvem contra ameaças internas e externas.

 

No artigo de hoje, vamos explicar melhor o que é uma CWPP, sua importância para uma organização, seus principais recursos e mais. Continue a leitura e confira tudo que você precisa saber sobre a plataforma de proteção de carga de trabalho em nuvem!

O que é CWPP?

A sigla CWPP significa Cloud Workload Protection Platform, traduzindo, é uma plataforma de proteção de carga de trabalho em nuvem. Ou seja, é uma tecnologia de segurança na nuvem que fornece proteção para as cargas de trabalho em ambientes de nuvem pública e privada. Essa tecnologia fornece uma variedade de recursos de segurança, como a detecção e prevenção de ameaças, o gerenciamento de acessos, o gerenciamento de conformidade e outros. Isso é feito através do uso de técnicas de machine learning e inteligência artificial (IA) que permite a detecção de ameaças em tempo real e tomada de ações para evitar danos.

 

A CWPP permite que as empresas protejam suas cargas de trabalho em diferentes ambientes de nuvem, ela oferece suporte para Amazon Web Sevices (AWS), Azure Google Cloud Platform (GCP) e outros tipos de nuvem. Isso fornece à organização uma gestão centralizada de segurança.

 

A CWPP é capaz de se adaptar rapidamente as mudanças no ambiente da nuvem, como a adição ou remoção de recursos. Esse é um dos principais benefícios da plataforma, pois permite que as cargas de trabalho continuem seguras quando houver mudança no ambiente da nuvem. Além disso, essa plataforma também pode ser integrada com outras ferramentas de segurança, como firewalls, soluções de EDR e outras. Isso faz com que a organização tenha uma visão completa da nuvem e integre suas estratégias de segurança.

O que são as cargas de trabalho em nuvem?

Uma carga de trabalho na nuvem é um aplicativo, serviço ou recurso que usa uma quantidade de memória e poder de computação e está hospedada em um ambiente de nuvem. Máquinas virtuais, aplicativos, bancos de dados são exemplos de cargas de trabalho em nuvem.

Antigamente, as cargas de trabalho eram excetuadas em máquinas físicas. Agora, elas são executadas em várias camadas de abstração diferentes. Dessa forma, é possível ter um uso mais eficiente da nuvem, permitindo que vários usuários utilizem o servidor ao mesmo tempo. Porém, essas camadas de abstração deixa a organização mais vulnerável a ataques, pois é preciso proteger a variedade de cargas de trabalho em uso na nuvem. E essas cargas de trabalho estão sendo executadas em diferentes locais, dificultando ainda mais a proteção.

 

Os diferentes tipos de infraestrutura em nuvem possuem necessidade de segurança diferentes. E nesse sentindo, as CWPPs são essenciais, pois detectam e removem ameaças em todos os tipos de infraestrutura. A CWPP é a solução ideal para uma utilização segura da computação em nuvem.

Qual a importância dessa plataforma?

As empresas, normalmente, utilizam vários fornecedores de nuvem, dependendo de suas necessidades. Assim, elas acabam trabalhando em um ambiente híbrido de várias nuvens, o que dificulta o gerenciamento dos aplicativos e dados para a equipe de segurança. Além disso, como já vimos, as organizações possuem uma grande quantidade de cargas de trabalho em funcionamento na nuvem. Esses fatores já mostram a necessidade de contar com uma plataforma que proteja as cargas de trabalho na nuvem. Mas para te ajudar a compreender a importância dessa plataforma, listamos abaixo seus principais recursos.

Recursos de CWPP

De acordo com o Gartner, uma CWPP pode ser definida em oitos recursos, que podem ser aplicados em qualquer carga de trabalho. Confira:


  • Configuração e gerenciamento de vulnerabilidades: a solução garante que nenhuma vulnerabilidade esteja presente no software.
  • Firewall de rede, visibilidade e microssegmentação: a CWPP protege e microssegmenta uma rede, o que impede que toda a rede seja comprometida de uma vez.
  • Integridade do sistema: CWPP garante que os sistemas em nuvem estejam funcionando conforme o esperado.
  • Controle e lista de permissões de aplicativos: com base em uma lista de aplicativos permitidos, a CWPP é capaz de permitir e bloquear aplicativos.
  • Prevenção de exploração e proteção de memória: a tecnologia evita explorações de vulnerabilidade em softwares em execução ativa.
  • Detecção e resposta de endpoint (EDR) de carga de trabalho do servidor, monitoramento comportamental e detecção e resposta a ameaças: a solução é capaz de responder a alterações suspeitas no comportamento do servidor e do aplicativo, e até a ameaças ativas.
  • Prevenção de intrusão baseada em host com proteção contra vulnerabilidades: a CWPP evita invasões externas em servidores.
  • Verificação antimalware: a solução detecta malware incorporado em cargas de trabalho em nuvem.

CWPP x CSPM

Já falamos aqui no blog sobre o gerenciamento de postura de segurança em nuvem , o CSPM. Essa é uma solução com um conjunto de práticas e ferramentas de segurança para identificar e corrigir problemas de má configuração entre a empresa e a nuvem. Então, o CSPM é automatizado para proteger as implantações em nuvem.

 

A diferença entre o CWPP e o CSPM é que um age internamente e o outro externamente. Ou seja, o CSPM procura por configurações incorretas de nuvem e violações de conformidade, é externo. Já a CWPP procura ameaças dentro do software armazenado na nuvem, é interno.

 

Em resumo, a tecnologia de Cloud Workload Protection Platform é uma solução de segurança para ambientes de nuvem que fornece proteção para cargas de trabalho contra ameaças internas e externas. A CWPP possui uma variedade de recursos e pode ser integrada com outras ferramentas de segurança, além de oferecer suporte para diferentes tipos de nuvem. Sendo assim, é uma tecnologia imprescindível para as organizações que possuem grandes cargas de trabalho armazenadas na nuvem.


Por Helena Motta 10 de setembro de 2025
O Ransomware é uma ameaça cibernética amplamente difundida e conhecida, mas nos últimos anos ele passou por uma espécie de industrialização com objetivo de potencializar os ganhos financeiros tanto de quem os cria quanto dos que o aplicam. Esse movimento causou um crescimento espantoso dessa ameaça, chegando ao ponto de ser declarada como uma ameaça à segurança nacional nos Estados Unidos. A escalada dos ataques tem afetado setores inteiros, com potencial de interromper serviços essenciais como hospitais, supermercados, sistemas de transporte e até fornecimento de energia. O impacto vai além do ambiente digital, podendo comprometer a operação e a reputação de uma organização por completo. Neste artigo, vamos mergulhar nesse assunto para compreender como o Ransonware as a Service (RaaS) funciona, assim como formas de evitar e minimizar sua ameaça.
Por Helena Motta 26 de agosto de 2025
Pequenas e médias empresas (PMEs) tornaram-se um dos alvos favoritos de cibercriminosos. A percepção de que essas organizações têm defesas limitadas, cultura de segurança pouco madura e operações com terceirizações vulneráveis contribui para isso. Segundo o Mapa da Fraude 2025, da ClearSale, três em cada quatro vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são pequenas ou médias empresas. E mais de 40% dos ataques globais registrados em 2024 miraram esse segmento. Este artigo apresenta os principais golpes digitais que atingem PMEs e oferece medidas acessíveis e eficazes para identificá-los e se proteger.
Por André Pino 12 de agosto de 2025
A governança de dados é, hoje, uma das principais prioridades para empresas que desejam se manter competitivas em um mundo cada vez mais orientado por informações. Cerca de 70% das corporações mais valiosas do planeta já são data-driven, o que reforça a importância de saber gerenciar, proteger e governar dados sensíveis de forma eficaz. No entanto, apesar dos investimentos, muitas organizações ainda enfrentam um cenário frustrante: a promessa da governança de dados não está sendo cumprida. Isso acontece porque os modelos tradicionais se baseiam em processos manuais, auditorias periódicas e equipes desconectadas. O resultado? Um sistema engessado, reativo e com políticas que raramente saem do papel. A governança de dados moderna, por outro lado, exige automação, visibilidade contínua e integração com ferramentas de segurança como DSPM (Data Security Posture Management) e DLP (Data Loss Prevention). Neste artigo, vamos explorar porque a governança de dados falha em muitas empresas e como soluções como o DSPM têm transformado essa realidade, tornando a governança mais eficiente, proativa e alinhada aos desafios atuais da segurança da informação.
Por André Pino 30 de julho de 2025
A ascensão da inteligência artificial (IA) transformou profundamente a forma como empresas operam, inovam e se comunicam. Porém, à medida que ferramentas baseadas em IA se popularizam, de assistentes de escrita a plataformas de geração de conteúdo, uma ameaça silenciosa cresce dentro das organizações: o Shadow AI. Trata-se do uso não autorizado ou não monitorado de aplicações de IA por colaboradores, sem o conhecimento da equipe de TI ou segurança da informação. Segundo o relatório The State of AI Cyber Security (2025), produzido pela Check Point Research, mais da metade das redes corporativas (51%) já utilizam serviços de GenAI regularmente. Frequentemente sem políticas de governança bem definidas ou qualquer tipo de controle formal. Neste artigo, você entenderá o que é Shadow AI, os riscos de segurança e conformidade que ele representa e por que a governança de IA deve ser uma prioridade para empresas de todos os portes.
Por Bruna Gomes 15 de julho de 2025
O código aberto está em toda parte. De sistemas operacionais a bibliotecas de desenvolvimento, passando por bancos de dados, ferramentas de automação e até soluções de segurança, o software open source faz parte da base tecnológica de milhares de empresas. Sua adoção cresceu com a busca por mais agilidade, menor custo e liberdade técnica e, por isso, se tornou uma escolha estratégica em muitos projetos. Mas junto com os benefícios, surgem também responsabilidades. Diferente de soluções proprietárias, o código aberto não vem com garantias formais de suporte ou atualização. Cabe à própria empresa decidir como usar, validar, manter e proteger o que adota. E é nesse ponto que surgem riscos muitas vezes invisíveis: vulnerabilidades não corrigidas, falhas herdadas de bibliotecas externas, ou até problemas legais por uso indevido de licenças. Neste artigo, você vai entender o que são softwares de código aberto, por que tantas empresas apostam neles, quais são os riscos mais comuns e, principalmente, como mitigar esses riscos. Vamos nessa? 
Por Helena Motta 1 de julho de 2025
O avanço acelerado das ameaças digitais nos últimos anos tem levado empresas de todos os portes a reforçarem suas estratégias de segurança. Soluções como SIEMs, EDRs, IDS/IPS, firewalls, CASBs e XDRs tornaram-se comuns nas infraestruturas corporativas. Essas ferramentas prometem visibilidade e controle sobre ambientes cada vez mais complexos e distribuídos. No entanto, essa abundância tecnológica tem gerado um efeito colateral preocupante: o excesso de alertas. O fenômeno c onhecido como alert fatigue, ou excesso de alertas, afeta diretamente a eficiência dos times de segurança. As equipes se veem sobrecarregados por um volume massivo de notificações diárias que muitas vezes são irrelevantes ou redundantes. Em vez de fortalecer a resposta a incidentes, o ruído gerado pelas ferramentas de defesa acaba prejudicando a capacidade de detectar, priorizar e agir diante de ameaças reais. Neste artigo, exploramos como o excesso de alertas compromete a segurança cibernética nas organizações, analisamos suas causas e consequências e apresentamos estratégias eficazes para mitigar esse problema e melhorar a resposta a incidentes.
Por Bruna Gomes 17 de junho de 2025
O cenário da segurança cibernética está cada vez mais desafiador. A cada dia surgem novas ameaças, mais sofisticadas e difíceis de detectar, exigindo atenção constante e respostas rápidas. Com isso, os líderes técnicos, especialmente os responsáveis diretos pela segurança da informação, estão sobrecarregados, estressados e, muitas vezes, trabalhando no limite. A verdade é que proteger uma organização não pode ser tarefa de uma única área. A responsabilidade pela segurança digital precisa ser compartilhada por toda a liderança. Em um ambiente cada vez mais conectado, qualquer decisão estratégica (de negócios, operações, tecnologia ou pessoas) pode impactar diretamente a integridade dos dados e a continuidade do negócio. Neste artigo, você vai entender por que a cibersegurança deve estar na agenda dos líderes, quais são os riscos da ausência de envolvimento e como decisões do dia a dia influenciam o nível de proteção da empresa. Continue a leitura!
Por Helena Motta 3 de junho de 2025
Nos últimos anos, o crescimento acelerado das ameaças digitais intensificou a necessidade de proteger os dados e sistemas da sua empresa como uma prioridade estratégica. Ataques como ransomware , phishing e malwares sofisticados estão cada vez mais frequentes e podem causar prejuízos financeiros, jurídicos e de reputação gravíssimos. Por isso, entender quais soluções de segurança são mais eficazes é essencial para tomar decisões informadas e garantir a continuidade do negócio. Mas afinal, quando falamos de Firewalls, Antivírus e EDR (Endpoint Detection and Response), qual dessas ferramentas oferece a melhor proteção para sua empresa? Ao longo do artigo vamos detalhar a aplicabilidade de cada uma delas, mas o que é necessário ter em mente desde o início é que cada uma atua em uma camada diferente da segurança cibernética e possui características específicas. Hoje, vamos explicar o que faz cada uma dessas soluções, comparar seus pontos fortes e fracos, e ajudar você a identificar qual combinação é mais adequada para a realidade do seu ambiente corporativo. Continue a leitura!
Por Helena Motta 20 de maio de 2025
Nos últimos anos, o crescimento do uso e da aplicabilidade de Inteligências Artificiais no mundo corporativo deu um grande salto. Longe do que o senso comum supõe, essa não é uma realidade somente na área de tecnologia, já que essas ferramentas têm encontrado cada vez mais espaço em setores como o da educação e saúde ou até mesmo de indústria e comércio. Como reflexo desse avanço acelerado, o Brasil é hoje um dos países mais vulneráveis do mundo quanto o assunto é o uso de IAs no ambiente empresarial, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology) dos Estados Unidos, 54% dos líderes de Segurança entrevistados no Brasil durante o Global Cybersecurity Leadership Insights em2024 veem no aumento de superfícies de ataques um grande risco do uso de ferramentas de inteligência artificial. Diante desse cenário, é essencial que as empresas elaborem um programa de governança de IA para evitar incidentes que podem ser devastadores para a imagem e para a saúde financeira da instituição. No artigo de hoje, destrincharemos esse tema abordando principalmente os seguintes tópicos: O que é Governança de IA? Por que investir em Governança de IA é essencial atualmente? Como essa estratégia pode fortalecer a segurança das empresas? Boas práticas na implementação destas políticas
Por Bruna Gomes 6 de maio de 2025
Quando o assunto é golpe digital, a maioria das pessoas já ouviu falar de phishing, vírus e ataques a senhas. Mas existe um tipo de ameaça mais silenciosa e menos conhecida que pode colocar em risco dados pessoais e informações importantes da sua empresa, mesmo quando tudo parece normal: o pharming. Esse tipo de ataque é sorrateiro. Ele não depende de um clique errado ou de um e-mail suspeito. Na verdade, ele pode acontecer mesmo quando você digita o endereço certo de um site confiável. E justamente por isso ele é tão perigoso.  Neste artigo, você vai entender o que é o pharming, como ele funciona, quais riscos ele representa para usuários e empresas, e, o mais importante, o que fazer para se proteger. Continue a leitura!
Share by: