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A ação dos cibercriminosos está cada vez mais sofisticada, tornando as informações e dados importantes mais vulneráveis. Assim como, o acesso a plataforma, aplicativos e sistemas ficaram mais frágeis. Com o aumento desses ataques cibernéticos, a preocupação com a segurança da informação aumentou e o método de múltiplo fator de autenticação (MFA) surge como uma das maneiras confiáveis para garantir a identidade dos usuários em um sistema de informação. Garantir que o acesso está sendo feito realmente por quem deveria estar acessando.  

Por isso, é recomendado que as organizações considerem adotar a autenticação de múltiplos fatores. O MFA é um método de aumentar a robustez da autenticação, útil para modelos tradicionais de operações e também se aplica à realidade que vivemos hoje, com os modelos de trabalho remoto. No artigo de hoje vamos entender melhor o que é o múltiplo fator de autenticação e porque é importante a sua adoção. Continue a leitura!

O que é o múltiplo fator de autenticação?

Você provavelmente já viu a autenticação de múltiplos fatores e não reparou. Esse é um sistema que requer confirmação da identidade do usuário em, no mínimo, duas etapas para liberar o acesso às informações confidenciais. Dessa forma, cada etapa requer um fator, ou uma evidência, para confirmar a identidade do usuário, ou seja, se um dos fatores for comprometido, o hacker ainda tem pelo menos mais uma barreira para romper antes de ter acesso à conta que deseja.

Enquanto a autenticação de fator único utiliza apenas uma tecnologia para provar a identidade do usuário, o MFA utiliza múltiplas tecnologias, combinando pelo menos dois fatores, para provar a autenticidade do usuário. Esses fatores combinados devem se encaixar em três categorias, exigidas pelo sistema MFA: “algo que você sabe”, “algo que você tem” e “algo que você é”. 

Também existe uma diferença entre a autenticação de dois fatores (2FA) e a de múltiplo fator. A autenticação de dois fatores é uma tecnologia que requer que o usuário sempre apresente dois fatores de autenticação de categorias diferentes, sendo, por exemplo, um “algo que você sabe” e outro “algo que você tem”, para verificar se a identidade é verdadeira. Já a autenticação de múltiplos fatores é um pouco mais ampla, pois permite que a organização utilize dois ou mais fatores no processo de identificação do usuário para um acesso, por exemplo, um acesso remoto seguro

Categorias de autenticação

Agora vamos entender melhor as categorias de autenticação. A primeira categoria, “algo que você sabe” se refere ao aspecto mais comum da autenticação de múltiplos fatores, ou seja, a senha, algo que você deve saber e memorizar. Já a segunda categoria, “algo que você tem”, se refere à posse de alguma coisa, então pode ser algo físico. Como por exemplo, uma chave é uma posse física de uma porta específica. Da mesma forma, existem fatores de autenticação que utilizam o mesmo princípio, como tokens de segurança, por exemplo. 

A terceira categoria, “algo que você é”, refere-se a algo que está diretamente associado a você. Podem ser dados biométricos, como impressão digital, identificação do seu rosto ou da sua voz. Pode até parecer alta tecnologia, mas você provavelmente já faz isso para acessar seu celular ou computador. Hoje em dia, a maioria dos dispositivos móveis possuem digitalizadores de impressão digital e oferecem uma autenticação multifatorial com a senha (algo que você sabe) e a impressão digital (algo que você é).

Esses são os principais fatores de autenticação, mas existem outros. Também existem fatores de localização para autenticação do usuário, que permitem verificar se é realmente a pessoa de acordo com a localização dela. Por exemplo, se você estiver tentando acessar um sistema, mas está em outro país, a tecnologia irá verificar sua identidade através de outro fator. 

Por que é importante adotar o MFA?

Como vimos, a preocupação quanto a segurança da informação está crescendo cada vez mais devido ao aumento dos ataques cibernéticos. O roubo de dados é predominante e a maioria ocorre por meio de autenticação comprometida via um roubo de credenciais. O múltiplo fator de autenticação torna esse processo mais seguro. Isso porque, esse método quando implementado, é mais eficaz contra ataques sofisticados do que a autenticação de fator único.

O sistema tradicional de autenticação de fator único, ou seja, apenas ID e senha, necessita que as informações sejam armazenadas em um banco de dados. Mesmo que criptografado, é possível invadir esse banco de dados e roubar as informações confidenciais. Já que hoje em dia, existem diversas ferramentas que podem ajudar a quebrar senhas apenas calculando todas as combinações possíveis até achar a correta. Além do fato de que o usuário é o elo mais fraco do processo. E não é incomum usuários usarem em diversos sites de internet a mesma combinação de usuário e senha que usam na empresa. Desta forma, um vazamento ocorrido em qualquer site na internet pode comprometer a segurança da corporação.

Sendo assim, as senhas fortes e a criptografia de senhas, podem não ser suficientes para proteger seus dados contra ataques de hackers. Por isso, existe a necessidade de um sistema de autenticação que não dependa unicamente de um banco de dados ou cofres de senhas. Além disso, de acordo com a LGPD, as empresas precisam garantir que os dados pessoais sejam protegidos de forma adequada e que seus bancos não possam ser violados. Com a autenticação multifatorial fica mais fácil não só evitar ciberataques como atender aos requisitos da LGPD.

Conclusão

Entendemos então que escolher o MFA como método de autenticação é promover uma segurança mais forte para a sua empresa. Os usuários individuais podem ter certeza que se seus dados são gerenciados por uma empresa que emprega o MFA, suas informações e dados pessoais estão seguros. Com isso, a autenticação em múltiplos fatores traz mais segurança para o usuário individual. E também para a organização como um todo, já que facilita também o processo de login. 

O MFA é uma defesa em camadas. Os múltiplos fatores necessários para acessar os dados confidenciais torna difícil comprometer a autenticação e ter acesso a esses dados. E com isso a autenticação se torna a prova de falhas, pois como já vimos, se um dos fatores forem comprometidos, ainda existem outros impedindo que os cibercriminosos possam invadir o banco de dados de uma organização. Por isso, o sistema de autenticação em múltiplos fatores é fortemente recomendado por especialistas de cybersecurity, para ser aplicado não só em organizações de grande porte, mas em qualquer lugar.