ZTNA e VPN: entenda a diferença entre essas soluções

Bruna Gomes
20 de setembro de 2022

Com a transformação digital, algumas tecnologias cumpriram seu papel e tornaram-se ultrapassadas, enquanto surgiram soluções mais inteligentes e eficientes na atualidade.  A pandemia de Covid-19 ainda acelerou esse processo com o modelo de trabalho remoto, pois muitas empresas precisaram identificar pontos de melhoria, e o principal deles foi como conectar o usuário ao ambiente privado da empresa remotamente.

 

Para isso, as empresas contaram com soluções como a rede privada virtual (VPN), que permite ao usuário se autenticar na rede privada da empresa e ter acesso aos serviços que precisa. A VPN serviu muito bem para o acesso remoto seguro durante muito tempo, mas a crescente do trabalho remoto destacou as falhas que essa solução apresenta e as limitações dessa tecnologia. É nesse contexto que o Zero Trust Network Access (ZTNA) surge como uma maneira melhor de fornecer o acesso remoto seguro.

 

No artigo de hoje, iremos explicar o que é cada uma dessas tecnologias de acesso remoto e discutir qual a melhor solução para a sua empresa. Continue a leitura!

O que é VPN?

A VPN é uma rede de comunicação privada, que permite uma conexão segura através de protocolos de criptografia. Esse tipo de tecnologia, permite que o usuário tenha acesso à rede privada da empresa de forma remota, alcançando os serviços que precisa para fazer seu trabalho de qualquer lugar do mundo. A partir dessa solução, a empresa consegue gerenciar o que o usuário está fazendo na rede e também é capaz de criar restrições de acordo com a política da organização.


O acesso remoto a partir da VPN é muito popular e utilizado pelas empresas, mas talvez não seja tão seguro atualmente. Quando havia um perímetro de segurança definido e protegido pelo Data Center, era suficiente uma solução de VPN para permitir o acesso remoto seguro, porém, já sabemos que esse perímetro foi dissolvido com a transformação digital.

 

Essa solução não foi pensada para proteger ambientes corporativos que trabalham remotamente ou de forma híbrida. Isso porque as redes privadas só podem ser escaladas com mais hardware, e isso requer mais investimento em tempo e dinheiro. Também há o fato da VPN apresentar problemas de conectividade que limitam a produtividade e não protege a invasão de hackers feita por ferramentas comuns e roubo de acesso com privilégios.

O que é ZTNA? 

Ao entender o papel de uma VPN e analisar o cenário atual, no qual diversas empresas trabalham remotamente, é possível perceber a necessidade de uma tecnologia mais eficiente, que contemple a proteção fora do perímetro. Nesse sentido, um modelo que vem ganhando bastante no mercado quando se fala de conexões remotas é o ZTNA (Zero Trust Network Access).

 

O ZTNA possibilita o acesso remoto com base em autenticação e no controle de permissões. Ou seja, ele permite que o usuário realize o acesso apenas em aplicações específicas e que façam sentido para a realização do seu trabalho. E todo o restante da rede fica inacessível. Essa solução utiliza o princípio da “confiança zero”, no qual nenhuma pessoa ou dispositivo, de dentro ou fora da rede, deve receber acesso para se conectar aos sistemas até que seja autenticado. 

 

Sendo assim, primeiro é feita a autenticação do usuário e depois o acesso é liberado. E esse processo é feito continuamente, mas até aqui uma VPN também funciona assim. Pode ser feito por uma combinação de fatores, como a identidade do usuário, a localização, a hora do dia, o tipo de serviço, entre outros. E é aqui que as diferenças começam a aparecer, uma vez que a riqueza de combinações possíveis é maior e com isso é possível liberar um perfil de acesso bem restrito à necessidade do usuário, dentro de um contexto bem específico.

 

Um segundo ponto importante é que em uma estratégia ZTNA a conexão criptografada é “terminada”em um ponto na nuvem. Com isso, permite colher benefícios de disponibilidade distribuição geográfica e escalabilidade. Ponto este que novamente diferencia da tradicional VPN onde existe uma necessidade de troca de hardware e/ou infraestrutura em uma hipótese de crescimento dos acessos ou número de usuários por exemplo.

Qual solução é melhor para garantir o acesso remoto seguro?

Após aprender o que significa cada solução, não é difícil entender porque o ZTNA vem ganhando espaço. Rapidamente, ele se tornou a solução padrão para acesso remoto e seguro à rede. Pesquisas do Gartner apontam que, até 2024, pelo menos 40% de todo o uso de acesso remoto será servido predominantemente pelo Zero Trust Network Access, no final de 2020 eram apenas 5%.

 

E com a mudança massiva para o home office, contar com o ZTNA é uma maneira inovadora de fornecer acesso remoto seguro aos funcionários dentro e fora do escritório. As VPNs não conseguem atender a essa demanda, pois a tarefa de adicionar novos usuários a VPN é complexa e nada escalável. Além de não garantir a segurança necessária para as empresas atualmente. 

Desafios da VPN

Utilizar a VPN como solução de acesso remoto traz alguns desafios para a sua empresa. Separamos os três principais para te ajudar a entender melhor as limitações dessa tecnologia: 

Gerenciamento:

 

Como vimos, a VPN não é escalável, pois ela não  foi criada para uma adoção em massa. Sendo assim, tentar gerenciar essa solução, mesmo que basicamente, requer um trabalho em tempo integral. Então, tanto a integração de novos usuários, quanto a obtenção de informações sobre acesso a aplicativos, são tarefas trabalhosas. Elas ainda necessitam de verificação e acompanhamento para saber se todos os usuários conseguirão acessar seus respectivos serviços. 

Segurança:

 

A tecnologia da VPN oferece acesso baseado em rede, em alguns casos de VPNs mais modernas usando também a informação da aplicação. Mas não permite controles mais atuais como privilégios e controles contra vazamento de dados. Dessa forma, as VPNs tradicionais deixam a desejar frente aos desafios de cibersegurança atuais.

Experiência do usuário:

 

A VPN pode muitas vezes ter a usabilidade lenta, algumas vezes com um uso mais complexo e pouco intuitivo, dificultando a experiência do usuário. Ela pode não funcionar em algumas redes ou não conseguir conectar em algum momento. Benefícios do ZTNA

 

Agora que entendemos os desafios e dificuldades de utilizar a VPN, vamos entender porque o ZTNA é a melhor solução de acesso remoto seguro atualmente. Confira alguns benefícios:


  • Fácil gerenciamento: ao contrário da VPN, o ZTNA permite um fácil gerenciamento, pois já foi desenvolvido para um mundo onde o perímetro de segurança não existe mais. Ele traz mais visibilidade, permitindo o controle e gerenciamento de acessos.


  • Confiança Zero: o ZTNA garante segurança para a sua organização através da confiança zero. Ou seja, os usuários possuem acesso granular apenas a informações, aplicativos e recursos específicos para a realização do seu trabalho.


  • Boa experiência: além de não deixar sua rede vulnerável a ataques, o ZTNA funciona de forma transparente e invisível, possibilitando uma boa experiência tanto para os usuários finais, quanto para quem está gerenciando.


No artigo de hoje, foi possível perceber que está na hora de abandonar sua solução antiga de VPN e adotar uma solução ZTNA avançada. O ZTNA garante um trabalho remoto mais seguro, melhor gerenciamento de rede e mais proteção contra ameaças online. Conte com a Contacta para implementar essa nova tecnologia na sua empresa. Fale com um de nossos especialistas!


Por Helena Motta 3 de junho de 2025
Nos últimos anos, o crescimento acelerado das ameaças digitais intensificou a necessidade de proteger os dados e sistemas da sua empresa como uma prioridade estratégica. Ataques como ransomware , phishing e malwares sofisticados estão cada vez mais frequentes e podem causar prejuízos financeiros, jurídicos e de reputação gravíssimos. Por isso, entender quais soluções de segurança são mais eficazes é essencial para tomar decisões informadas e garantir a continuidade do negócio. Mas afinal, quando falamos de Firewalls, Antivírus e EDR (Endpoint Detection and Response), qual dessas ferramentas oferece a melhor proteção para sua empresa? Ao longo do artigo vamos detalhar a aplicabilidade de cada uma delas, mas o que é necessário ter em mente desde o início é que cada uma atua em uma camada diferente da segurança cibernética e possui características específicas. Hoje, vamos explicar o que faz cada uma dessas soluções, comparar seus pontos fortes e fracos, e ajudar você a identificar qual combinação é mais adequada para a realidade do seu ambiente corporativo. Continue a leitura!
Por Helena Motta 20 de maio de 2025
Nos últimos anos, o crescimento do uso e da aplicabilidade de Inteligências Artificiais no mundo corporativo deu um grande salto. Longe do que o senso comum supõe, essa não é uma realidade somente na área de tecnologia, já que essas ferramentas têm encontrado cada vez mais espaço em setores como o da educação e saúde ou até mesmo de indústria e comércio. Como reflexo desse avanço acelerado, o Brasil é hoje um dos países mais vulneráveis do mundo quanto o assunto é o uso de IAs no ambiente empresarial, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology) dos Estados Unidos, 54% dos líderes de Segurança entrevistados no Brasil durante o Global Cybersecurity Leadership Insights em2024 veem no aumento de superfícies de ataques um grande risco do uso de ferramentas de inteligência artificial. Diante desse cenário, é essencial que as empresas elaborem um programa de governança de IA para evitar incidentes que podem ser devastadores para a imagem e para a saúde financeira da instituição. No artigo de hoje, destrincharemos esse tema abordando principalmente os seguintes tópicos: O que é Governança de IA? Por que investir em Governança de IA é essencial atualmente? Como essa estratégia pode fortalecer a segurança das empresas? Boas práticas na implementação destas políticas
Por Bruna Gomes 6 de maio de 2025
Quando o assunto é golpe digital, a maioria das pessoas já ouviu falar de phishing, vírus e ataques a senhas. Mas existe um tipo de ameaça mais silenciosa e menos conhecida que pode colocar em risco dados pessoais e informações importantes da sua empresa, mesmo quando tudo parece normal: o pharming. Esse tipo de ataque é sorrateiro. Ele não depende de um clique errado ou de um e-mail suspeito. Na verdade, ele pode acontecer mesmo quando você digita o endereço certo de um site confiável. E justamente por isso ele é tão perigoso.  Neste artigo, você vai entender o que é o pharming, como ele funciona, quais riscos ele representa para usuários e empresas, e, o mais importante, o que fazer para se proteger. Continue a leitura!
Por Helena Motta 24 de abril de 2025
A Consolidação da Cibersegurança é uma resposta às necessidades de estruturação e modernização dos ambientes de segurança empresariais e que tem como objetivo reduzir o número de soluções e fornecedores contratados, ao mesmo tempo em que se garante a robustez da proteção. Através dessa abordagem, é possível eliminar brechas que surgem da sobreposição de ferramentas e integrar o ambiente de forma completa, garantindo assim maior eficiência e aproveitamento de recursos. No artigo de hoje vamos discutir como essa é uma tendência oportuna em um momento de evolução altamente acelerada dos ataques a empresas e com grande risco de perdas econômicas por paralização das atividades ou vazamento de dados. Veremos também os benefícios da adoção dessa estratégia e os pontos de atenção para implementá-la adequadamente, além de um guia para essa execução na sua empresa.
Por André Pino 8 de abril de 2025
Se a sua empresa já usa a nuvem ou está pensando em migrar, provavelmente já se deparou com dúvidas sobre como controlar os custos e manter tudo funcionando de forma eficiente. Nesse artigo vamos te explicar de forma simples e direta o que é FinOps e porque essa prática tem ganhado tanto espaço nas empresas que querem usar a nuvem de forma mais estratégica. Boa leitura!
Por Bruna Gomes 25 de março de 2025
Nos últimos anos, a transformação digital acelerada e o crescimento dos ambientes híbridos trouxeram novas oportunidades, mas também novos riscos. As ameaças cibernéticas estão mais sofisticadas, persistentes e coordenadas, explorando vulnerabilidades em diversos pontos da infraestrutura corporativa ao mesmo tempo. Para os profissionais de TI e cibersegurança, isso significa lidar com uma superfície de ataque cada vez maior, além de um volume crescente de alertas, dados desconexos e pressões por respostas rápidas. Soluções tradicionais, como antivírus, firewalls e até mesmo ferramentas de EDR e SIEM, já não são suficientes para dar conta da complexidade atual. É nesse cenário que surge o XDR (Extended Detection and Response) uma abordagem moderna que integra, correlaciona e automatiza a detecção e resposta a ameaças de forma coordenada, em tempo real.  Neste artigo, vamos explorar como o XDR funciona, quais os seus principais benefícios e como ele pode ser o próximo passo estratégico para empresas que buscam proteção inteligente, integrada e eficaz. Continue a leitura!
Anatomia de um ataque
Por Bruna Gomes 11 de março de 2025
As ameaças cibernéticas são uma realidade constante, evoluindo em complexidade e sofisticação. Empresas de todos os portes são alvos potenciais, e um único ataque bem-sucedido pode comprometer dados sensíveis, interromper operações e gerar prejuízos irreparáveis.
Por Bruna Gomes 19 de fevereiro de 2025
No mundo digital de hoje, no qual as ameaças cibernéticas evoluem constantemente, confiar em um único provedor de segurança pode deixar as organizações vulneráveis e limitar sua capacidade de responder a ataques complexos. A diversificação de provedores de segurança pode ser uma estratégia essencial, não apenas para fortalecer a defesa contra essas ameaças, mas também para adaptar-se rapidamente às mudanças tecnológicas e regulatórias. Com o aumento da complexidade das infraestruturas de TI e a crescente sofisticação dos cibercriminosos, colocar todos os recursos de segurança nas mãos de um único fornecedor é uma aposta arriscada. Diversificar os provedores de segurança permite às empresas explorarem especializações variadas, garantir a continuidade dos serviços e reduzir a dependência de uma única fonte de proteção, o que pode ser crucial em momentos de crise. Neste artigo, exploraremos por que diversificar os provedores de segurança é boa estratégia. Continue a leitura!
os perigos do uso de IA no processo de desenvolvimento de aplicações
Por Bruna Gomes 5 de fevereiro de 2025
No cenário atual, o uso da Inteligência Artificial no desenvolvimento de aplicações tem se tornado cada vez mais comum, prometendo inovação e eficiência. No entanto, essa tecnologia também traz à tona uma série de perigos que precisam ser urgentemente discutidos. Os algoritmos de IA, frequentemente complexos e pouco transparentes, enfrentam riscos de ataques cibernéticos e exploração maliciosa. Além disso, sua capacidade de processar grandes volumes de dados levanta sérias preocupações sobre privacidade e conformidade com regulamentos de proteção de dados.  No artigo de hoje, vamos explorar os principais perigos associados ao uso da IA no desenvolvimento de aplicações e como as empresas podem adotar práticas seguras para mitigar esses riscos.
Monitoramento de segurança
22 de janeiro de 2025
Em um mundo cada vez mais conectado, a segurança das informações e ativos digitais se tornou uma prioridade indiscutível para empresas de todos os tamanhos. Em especial, devido ao aumento de ameaças cibernéticas e violações de dados que observamos nos últimos anos, a capacidade de identificar e responder rapidamente a incidentes de segurança é vital. Nesse cenário, soluções de monitoramento de segurança é implementado não apenas como uma medida protetiva, mas uma estratégia essencial que pode determinar o sucesso ou fracasso de um negócio. No post de hoje, vamos explorar a importância do monitoramento de segurança, como ele pode proteger sua empresa e as melhores práticas para implementá-lo de forma eficaz.
Mais Posts