Layout do blog

APT: o que é uma ameaça persistente avançada?

Joanna Magalhães
22 de janeiro de 2024

Quando pensamos nos diferentes tipos de ataques cibernéticos, Malwares, DDoS e phishing provavelmente são os mais comuns de surgirem em nossas mentes. De fato, são todos ataques muito perigosos e é importante ter um cuidado constante para que o sistema não seja infectado por um deles.


Esses são ataque que são enviados em e-mails de spam, são rápidos e enviados em grande para uma grande quantidade de pessoas. Porém quando falamos de empresas, temos também que nos preocupar com ataques mais específicos e silenciosos, como o APT (Advanced Persistent Threat).


No artigo dessa semana, vamos conversar sobre o que é APT, como é seu processo de infiltração e como proteger sua empresa contra esse tipo de ameaça.

O que é um ataque APT?

  Em um mundo no qual a tecnologia avança e os criminosos cibernéticos desenvolvem métodos cada vez mais perigosos. Dentro disso, o APT (Ameaça Persistente Avançada, em português) se estabelece como uma grande ameaça e que costuma gerar prejuízos financeiros significativos para organizações. Normalmente, essa é um ataque que é aplicado por um por grupo ou indivíduos com habilidades técnicas avançadas e recursos substanciais.


A Ameaça Persistente Avançada é um ataque que consiste em encontrar um ponto de apoio não autorizado com o objetivo de executar ataques de forma contínua e prologada. Diferente de Malwares, que fazem ataques de execução rápida, a APT é uma ameaça mais furtiva e sofisticada.


Como para realizar esse ataque requer recursos substanciais, os alvos do APT geralmente são específicos, como organizações governamentais, empresas de alta tecnologia, instituições financeiras ou agências de defesa.

A evolução de um ataque

Para conseguir invadir sistemas de computadores sem ser percebido, o APT é caracterizado por possuir uma sequência de ataques, composto por 5 etapas. São elas:

ataque de atp
  • Primeira etapa: obter acesso

Os criminosos virtuais tentam entrar através de uma rede, um arquivo infectado, lixo eletrônico ou um aplicativo vulnerável para inserir malwares na rede visada. Basicamente, utilizam de malwares e técnicas de phishing para invadir o sistema.


  • Segunda etapa: estabelecer um ponto fixo

Com o malware implementado, os criminosos conseguem criar rede e túneis, usados para se deslocarem nos sistemas sem serem detectados. Isso é possível já que o malware emprega técnicas para reescrever códigos, ajudando a encobrir os rastros de hackers.


  • Terceira etapa: aprofundar o acesso

Nessa etapa, são utilizadas técnicas de quebrar senhas com o objetivo de possuir acesso administrativo. Com esse acesso, o invasor consegue controlar os sistemas e obter níveis de acessos mais elevados.


  • Quarta etapa: mover-se lateralmente

Os hackers passam a se mover à vontade pelo sistema e a acessar outros servidores e partes protegidas da rede. Isso acontece já que a capacidade de utilizar os direitos de administrador para se infiltrar mais fundo no sistema.


  • Quinta etapa: observar, descobrir e esconder-se

Os hackers passam a ter uma compreensão geral de como o sistema funciona e de suas vulnerabilidades. Com isso, eles conseguem coletar informações à vontade.


Esse processo costuma ser mantido pelos hackers de forma contínua. À medida que esse processo continua sendo executado se abrem mais caminhos dentro do sistema, o que leva os hackers a atingirem os seus objetivos: extrair dados de forma contínua e persistente.


O processo do APT pode durar meses e até anos sem ser percebidos, dando abertura para eles roubarem diversos tipos de dados. Isso é possível, já que o malware encobre o próprio rastro. O que o torna difícil de ser rastreado ou percebido por programas que não são especializados nele.

Como detectar um ataque de APT?

Por mais que não exista uma solução única e perfeita para detectar o APTs, a implementação de uma estratégia de segurança em camadas, combinado vários tipos de defesas, boas práticas e tecnologias funciona como uma forma eficiente de evitar esse tipo de ataque.


Algumas das práticas que são indicadas no protocolo contra APTs são: 

 

 

A implementação em conjunto dessas soluções e práticas garante que o sistema esteja protegido contra APT, assim como outras ameaças. Porém, é importante ressaltar que ameaças evoluem constantemente. Com isso, é importante um protocolo de atualizações e patchings constantes para garantir que eles estejam preparados para lidar com novos APTs que surgem.

Conclusão

Quando pensamos na segurança dos dados de uma companhia, temos que pensar também em todo tipo de ameaça. Como uma ameaça mais silenciosa e que possui o padrão de apagar os seus rastros, o ATP costuma demorar para ser registrado por sistemas de segurança mais simples.


Por mais que seja uma ameaça rara, é importante se atentar aos protocolos de segurança, treinamento e atualização do sistema. Além disso, investir em soluções de segurança e PenTests são capazes de proteger e testar seus sistemas, garantindo que o sistema está preparado para evitar invasões. Com isso, evitando o prejuízo a longo prazo que um ataque de ATP pode causar.


IA como usuário: o futuro da identidade digital e o desafio da autenticação autônoma
Por Helena Motta 3 de dezembro de 2025
A A presença de agentes inteligentes em sistemas corporativos já saiu do campo da experimentação e entrou na rotina operacional. Bots que reservam salas, agentes que sincronizam dados entre serviços, e assistentes que executam ações em nome de equipes são exemplos de um fenômeno que exige repensar o que entendemos por identidade digital. Quando uma inteligência artificial age como um usuário, quais são as garantias mínimas de quem ela é, do que pode fazer e de como suas ações serão rastreadas? Este artigo explora esse novo cenário, os limites dos modelos atuais de autenticação e caminhos práticos para a transição a um modelo de identidade que suporte agentes autônomos de forma segura e auditável.
Infraestrutura de pagamentos: o que não pode falhar na Black Friday
Por Bruna Gomes 19 de novembro de 2025
A Black Friday se consolidou como uma das datas mais importantes para o varejo digital, impulsionando picos de acesso e volumes de transações muito acima da média ao longo de poucas horas. Para as empresas, esse é um momento decisivo: além da oportunidade comercial, há também um aumento significativo da pressão sobre toda a estrutura tecnológica que sustenta a jornada de compra. Entre todos os componentes da operação, a infraestrutura de pagamentos é uma das partes mais sensíveis e a que mais impacta diretamente o faturamento. Diante desse cenário, preparar a infraestrutura de pagamentos é essencial para manter a operação estável, garantir altas taxas de aprovação e proteger a continuidade do negócio.  Neste artigo, exploramos os principais riscos, os gargalos mais comuns e as práticas fundamentais para enfrentar a Black Friday com segurança e eficiência. Continue a leitura!
Entenda o impacto do uso de IA generativa em ataques cibernéticos
Por Helena Motta 4 de novembro de 2025
Neste artigo explicaremos como a IA generativa está sendo usada em ataques cibernéticos, quais são os impactos para as organizações e quais medidas práticas podem ser adotadas para mitigar esses riscos.
Usuário não-humano: o desafio da identidade digital para sistemas
Por Bruna Gomes 22 de outubro de 2025
Neste artigo, vamos entender o que são usuários não humanos, por que eles representam um desafio para a segurança digital e o que sua empresa pode (e deve) fazer para gerenciar essas identidades com mais controle, visibilidade e proteção.
O que a nova estratégia nacional de cibersegurança significa para empresas brasileiras
Por Helena Motta 7 de outubro de 2025
Nesse artigo vamos compreender como as principais decisões estabelecidas na Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) impactam as empresas brasileiras.
Por que cibersegurança também deve estar na pauta do RH e do Marketing?
Por Bruna Gomes 24 de setembro de 2025
Quando pensamos em cibersegurança, é comum imaginar que a responsabilidade está apenas nas mãos da equipe de TI. Mas, na prática, as ameaças digitais estão cada vez mais ligadas ao comportamento das pessoas e ao uso estratégico da informação. E isso envolve diretamente outras áreas da empresa, como RH e Marketing. Esses dois setores lidam com dados sensíveis, canais de comunicação e relacionamentos essenciais para a reputação da marca. Por isso, também estão entre os alvos preferenciais de cibercriminosos. Neste artigo, vamos mostrar por que a segurança digital precisa ser compartilhada com todas as áreas do negócio, quais são os riscos que atingem diretamente o RH e o Marketing, e como essas equipes podem contribuir ativamente para proteger a empresa. Continue a leitura!
Ransomware as a Service: como o crime cibernético virou modelo de negócios
Por Helena Motta 10 de setembro de 2025
O Ransomware é uma ameaça cibernética amplamente difundida e conhecida, mas nos últimos anos ele passou por uma espécie de industrialização com objetivo de potencializar os ganhos financeiros tanto de quem os cria quanto dos que o aplicam. Esse movimento causou um crescimento espantoso dessa ameaça, chegando ao ponto de ser declarada como uma ameaça à segurança nacional nos Estados Unidos. A escalada dos ataques tem afetado setores inteiros, com potencial de interromper serviços essenciais como hospitais, supermercados, sistemas de transporte e até fornecimento de energia. O impacto vai além do ambiente digital, podendo comprometer a operação e a reputação de uma organização por completo. Neste artigo, vamos mergulhar nesse assunto para compreender como o Ransonware as a Service (RaaS) funciona, assim como formas de evitar e minimizar sua ameaça.
Como identificar e evitar golpes digitais que miram pequenas e médias empresas
Por Helena Motta 26 de agosto de 2025
Pequenas e médias empresas (PMEs) tornaram-se um dos alvos favoritos de cibercriminosos. A percepção de que essas organizações têm defesas limitadas, cultura de segurança pouco madura e operações com terceirizações vulneráveis contribui para isso. Segundo o Mapa da Fraude 2025, da ClearSale, três em cada quatro vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são pequenas ou médias empresas. E mais de 40% dos ataques globais registrados em 2024 miraram esse segmento. Este artigo apresenta os principais golpes digitais que atingem PMEs e oferece medidas acessíveis e eficazes para identificá-los e se proteger.
Governança de Dados: Como corrigir a promessa quebrada nas empresas
Por André Pino 12 de agosto de 2025
A governança de dados é, hoje, uma das principais prioridades para empresas que desejam se manter competitivas em um mundo cada vez mais orientado por informações. Cerca de 70% das corporações mais valiosas do planeta já são data-driven, o que reforça a importância de saber gerenciar, proteger e governar dados sensíveis de forma eficaz. No entanto, apesar dos investimentos, muitas organizações ainda enfrentam um cenário frustrante: a promessa da governança de dados não está sendo cumprida. Isso acontece porque os modelos tradicionais se baseiam em processos manuais, auditorias periódicas e equipes desconectadas. O resultado? Um sistema engessado, reativo e com políticas que raramente saem do papel. A governança de dados moderna, por outro lado, exige automação, visibilidade contínua e integração com ferramentas de segurança como DSPM (Data Security Posture Management) e DLP (Data Loss Prevention). Neste artigo, vamos explorar porque a governança de dados falha em muitas empresas e como soluções como o DSPM têm transformado essa realidade, tornando a governança mais eficiente, proativa e alinhada aos desafios atuais da segurança da informação.
Shadow AI: O risco invisível que já está na sua empresa
Por André Pino 30 de julho de 2025
A ascensão da inteligência artificial (IA) transformou profundamente a forma como empresas operam, inovam e se comunicam. Porém, à medida que ferramentas baseadas em IA se popularizam, de assistentes de escrita a plataformas de geração de conteúdo, uma ameaça silenciosa cresce dentro das organizações: o Shadow AI. Trata-se do uso não autorizado ou não monitorado de aplicações de IA por colaboradores, sem o conhecimento da equipe de TI ou segurança da informação. Segundo o relatório The State of AI Cyber Security (2025), produzido pela Check Point Research, mais da metade das redes corporativas (51%) já utilizam serviços de GenAI regularmente. Frequentemente sem políticas de governança bem definidas ou qualquer tipo de controle formal. Neste artigo, você entenderá o que é Shadow AI, os riscos de segurança e conformidade que ele representa e por que a governança de IA deve ser uma prioridade para empresas de todos os portes.
Share by: